Retorno ao aeroclube de 1938
Nos dias 20 e 21 de fevereiro de 1938, São Sebastião do Paraíso, no sudoeste mineiro, viveu um inesquecível momento de festa e orgulho regional. Quase toda a população testemunhou a inauguração oficial do primeiro campo de aviação da cidade, construído com recursos da Prefeitura Municipal e com a pista cuidadosamente preparada com ferramentas manuais.
Até então somente alguns pequenos aviões da região haviam pousado no terreno aplainado, não muito distante do Morro do Baú e nas proximidades do atual Parque de Exposições. Era necessário testar as condições da pista para que aviões militares viessem oficializar o campo de aviação. Mas, partir daqueles dias, pássaros metálicos - expressão usada na época para denominar pequenos aviões monomotores - começariam a cruzar os céus de uma nova época de progresso e advento de novas tecnologias de transporte.
No cenário mundial, já havia vários indícios de conflitos que levariam, no ano seguinte, ao início da Segunda Guerra Mundial.
O Governo Vargas estava incentivando a criação de centenas de aeroclubes no interior do País. Uma ampla campanha nacional foi lançada para formar pilotos civis que, poderiam atuar, no conflito mundial. Mas, naquele momento de festa, a população presenciou a honrosa visita de esquadrilhas vindas do Primeiro e do Segundo Regimentos de Aviação do Exército Nacional, baseadas no Rio de Janeiro e São Paulo. Cumpre observar que o Ministério da Aeronáutica seria criado somente três anos depois, em 20 de janeiro de 1941. Antes dessa data, havia o departamento de Aviação Militar do Exército Brasileiro.
Autoridades de todos os municípios vizinhos foram convidadas para abrilhantar a festa. Moradores da zona rural e de diferentes cidades da região vieram também presenciar a grande inauguração. Os principais jornais de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo noticiaram a inauguração oficial de mais um campo de aviação em Minas Gerais, que traria melhores condições de contato com a capital.
Na mesma época, a impressa nacional noticiou que estava funcionando, regularmente a Escola de Aviação de São Sebastião do Paraíso, sob a direção do aviador Juvenal Paixão, instalada no hangar construído pela prefeitura municipal, tendo à frente o prefeito Dr. José de Oliveira Brandão, que administrou a cidade em 1936 e 1939.
Foi noticiado ainda que vários jovens paraisenses estavam inscritos no curso de aviador, e prontos para receber o brevê, alguns deles estavam dispostos a tentar continuidade na formação para seguir carreira de aviador militar. Nessa época, o então prefeito de Paraíso solicitou ao de Formiga a construção de um campo de aviação nesse município vizinho, o que realmente de concretizou em pouco tempo, visando facilitar a comunicação do sudoeste mineiro com Belo Horizonte.
São informações recolhidas nas páginas do Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, em edição de 24 de fevereiro de 1938, entre outras fontes da imprensa nacional. Aos heroicos e pioneiros aviadores de outrora de São Sebastião do Paraíso e protagonistas da construção e inauguração do campo de aviação local, nossas reverências históricas.
(publicado no Jornal do Sudoeste, 2016)
Nos dias 20 e 21 de fevereiro de 1938, São Sebastião do Paraíso, no sudoeste mineiro, viveu um inesquecível momento de festa e orgulho regional. Quase toda a população testemunhou a inauguração oficial do primeiro campo de aviação da cidade, construído com recursos da Prefeitura Municipal e com a pista cuidadosamente preparada com ferramentas manuais.
Até então somente alguns pequenos aviões da região haviam pousado no terreno aplainado, não muito distante do Morro do Baú e nas proximidades do atual Parque de Exposições. Era necessário testar as condições da pista para que aviões militares viessem oficializar o campo de aviação. Mas, partir daqueles dias, pássaros metálicos - expressão usada na época para denominar pequenos aviões monomotores - começariam a cruzar os céus de uma nova época de progresso e advento de novas tecnologias de transporte.
No cenário mundial, já havia vários indícios de conflitos que levariam, no ano seguinte, ao início da Segunda Guerra Mundial.
O Governo Vargas estava incentivando a criação de centenas de aeroclubes no interior do País. Uma ampla campanha nacional foi lançada para formar pilotos civis que, poderiam atuar, no conflito mundial. Mas, naquele momento de festa, a população presenciou a honrosa visita de esquadrilhas vindas do Primeiro e do Segundo Regimentos de Aviação do Exército Nacional, baseadas no Rio de Janeiro e São Paulo. Cumpre observar que o Ministério da Aeronáutica seria criado somente três anos depois, em 20 de janeiro de 1941. Antes dessa data, havia o departamento de Aviação Militar do Exército Brasileiro.
Autoridades de todos os municípios vizinhos foram convidadas para abrilhantar a festa. Moradores da zona rural e de diferentes cidades da região vieram também presenciar a grande inauguração. Os principais jornais de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo noticiaram a inauguração oficial de mais um campo de aviação em Minas Gerais, que traria melhores condições de contato com a capital.
Na mesma época, a impressa nacional noticiou que estava funcionando, regularmente a Escola de Aviação de São Sebastião do Paraíso, sob a direção do aviador Juvenal Paixão, instalada no hangar construído pela prefeitura municipal, tendo à frente o prefeito Dr. José de Oliveira Brandão, que administrou a cidade em 1936 e 1939.
Foi noticiado ainda que vários jovens paraisenses estavam inscritos no curso de aviador, e prontos para receber o brevê, alguns deles estavam dispostos a tentar continuidade na formação para seguir carreira de aviador militar. Nessa época, o então prefeito de Paraíso solicitou ao de Formiga a construção de um campo de aviação nesse município vizinho, o que realmente de concretizou em pouco tempo, visando facilitar a comunicação do sudoeste mineiro com Belo Horizonte.
São informações recolhidas nas páginas do Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, em edição de 24 de fevereiro de 1938, entre outras fontes da imprensa nacional. Aos heroicos e pioneiros aviadores de outrora de São Sebastião do Paraíso e protagonistas da construção e inauguração do campo de aviação local, nossas reverências históricas.
(publicado no Jornal do Sudoeste, 2016)