REFORMAS.LEGITIMIDADE. JUSTIÇA.

Se vires em alguma província opressão de pobres e violentação do direito e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso. Quem está altamente colocado tem superior que o vigia; e há mais altos ainda sobre eles.

Esse padrão, sempre fustigado e hoje conhecido de forma gigantesca pela comunicação alargada, não é ficção ou teatro imaginoso de personagens ausentes.

Olhe-se com olhos de ver, tentar subsumir as ocorrências egressas dos opressores e violadores dos direitos básicos universais. As alturas fomentadas pela cobiça, de poder e dominação, não têm bom desfecho.

Marca a história a morte de Mussolini de cabeça para baixo com o rosto escarrado por todos, Sadan Hussein com o fim conhecido, descortinem também, mesmo os que morreram com menos martírio, mas sitiados pelo que fizeram. Os malfeitores não têm bom desfecho, ainda que com benesses das apenações que suavizam as penas para descerrar as imensas quadrilhas, como a "colaboração premiada", novo instituto processual vindo da Itália e praticado,também, nos EUA.

As penas de restrição de liberdade não são maiores nem mais intimidadoras do que a pena moral que permanece incorporada para sempre naquele que deve enormes porções sociais coletivas por crimes cometidos. E pior, incide na sua descendência.

O justo é sempre justo debaixo de qualquer circunstância, em todas as latitudes, em todos os tempos. Não são somente os tribunais,por juízes proficientes, que fazem justiça. Os magistrados, como ensinou São Paulo em suas Cartas, enquanto distribuem justiça proficientemente, estão abaixo de Deus e acima dos homens.

A justiça não está nos tribunais em linearidade absoluta, proferem sentenças os homens, falíveis, nem no voto, sufrágio universal, como vi lançado em crônica no site. Fosse assim os conflitos sociais estariam resolvidos, harmonizados, mas ardem na pira das dominações todas.

A justiça está na consciência do homem, primeiramente, o maior de todos os tribunais, dele não se escapa em algum momento. Cristo perguntado por Pilatos o que era a verdade silenciou, veio fazer justiça.

É fácil ver agora esse cenário nacional incrivelmente descortinado, onde uma empreiteira projetada no mundo tem 30% de sócios enfileirados e cooptados a mais que a maior bancada partidária do Senado. Estão na mídia e nos processos investigatórios estes fatos, e são poucos “representantes” guindados pelo voto que podem escapar das “listas” e do ilícito.

Voto não faz justiça. Não tem feito. É claro para a inteligência mediana.

Um gigantesco maremoto do qual quase ninguém escapa, no centro da corrupção dos véus retirados, espanta, surpreende e põe atônita a nação.

Não votamos em representantes mas em uma empreiteira. Ela está figurando como mandante nas instituições públicas que conduzem o país.

Já disse aqui várias vezes antes dessa publicização atual do envolvimento da coisa pública com o privado, que não via nada limpo nesse anfiteatro que vem à lume aos poucos, homeopaticamente, embora a generalização seja um pecado de avaliação. Mas prefiro ficar com esse pecado do que por pensamento apadrinhar política profissional das agremiações partidárias como existente ou qualquer político. Os que exercem o não sei, sabendo, o não vi vendo, o não fiz fazendo, é a velha tese dos criminosos;negativa de autoria.

Pergunta-se: como um "procurador-legislador- público", representante popular(?) pelo voto do povo, irá discutir e legislar reformas, senadores e deputados, quando o manto da suspeita e do agravo da participação em ilícitos paira sobre a Casa Congressual em multiplicidade de nomes?

Ficamos com Deus, os que tem fé e vivem vidas lisas,esperando algo melhor. Dizem que "o pouco com Deus é tudo, o muito sem Deus é nada", de notório conhecimento o pregão. O pouco que Deus nos deu cabe numa mão fechada, deve ser a máxima de corruptos que esvaziaram a esperança da nação e encheram seus cofres como se fosse “justo”, por tanto que se vê de furto da coisa pública e se torna mesmo inacreditável.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 18/04/2017
Reeditado em 18/04/2017
Código do texto: T5973768
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