Assim ou ...nem tanto. 88
O Não
Ia contrariado aonde não queria depois de, em vão, dar várias desculpas e mentir para evitar ir. Enrolamo-nos nas ideias, nas palavras, na justificação e todos os obstáculos que colocamos entre nós e o que não queremos serão, um a um, removidos por quem quer a nossa companhia, a nossa acção, a adesão a algo que nos custa ou repugna aceitar. Vamos e acedemos, vendidos, seguros de que não somos gente de confiança por que facilmente nos coagem a vontades que estão, frequentemente, nos antípodas das nossas. Muitas vezes importam os fins, outras os meios mas só a vontade deve pesar e ser determinante das nossas escolhas. Temos, em qualquer caso, de suportar as consequências do que decidimos ou nos forçaram a decidir. Temos, ainda, de lavar a nossa consciência e de pagar com estes pesos o termos ido onde não queríamos ir. Aprendi cedo que ninguém é maduro sem ter a capacidade de dizer um não firme e claro. - Por que não vens? – Porque não quero. Simples, limpo, intransponível, respeitável e, sobretudo, coerente connosco e honesto.