R e c r u c i f i c a ç ã o

...Então Ele voltou! O primeiro lugar que visitou foi um imenso país tropical, repleto de muitas riquezas naturais, mas aquele que poderiaser um paraíso terreno era uma nação injusta, os desníveis sociais eram evidentes, as injustiças gritantes. a fome um fato. a violência uma constante e a irrresponsabilidade e a canalhice davam as cartas e jogavam de mão. Além disso,a alienção era generalizada.

Nas suas faces rolaram lágrimas quando encontrou, nas ruas das cidades, crianças abandonadas cheirando cola enquanto homens poderosos passavam por elas, indiferentes e frios, pilotando carrros de luxo, esquecidos que esse problema em parte era gerado por eles próprios. Viu mais: viu em hospitais públicos os médicos escolhendo os doentes que iam viver e os que iam morrer, viu a falta de medicamentos, de equipamntos e até de sangue. Mais adiante uma cena dantesca o revoltou: Ele viu garotas, ainda adolescentes, se prostituindo em plena via pública em troca de dinheiro oude um pratode comida. fato que nao indignava ninguém. Nas pardes dos edifícios havia cartazes dizendo que o país estava dando certo. Doeu ainda ver menores se iniciando nos meandros da criminalidade e no inferno das drogas, sendo o tráfico de dorgas uma das atividades mais lucrativas do país. Avistou uma passeata dos Sem Terra, pensou no absurdo que era ainda existir aquele tipo de problema, sabia que seu Pai nas passara escritura de terra para ninguém em particular, que a terra devia ser partilhada por todos.Revoltava, por outro lado, saber que os seus ensinamentos estavam sendo usados como negócio lucrativo pelos vendilhões do templo. Pensou: "Será que vou ter que usar outra vez o chicote?". Doía também presenciar que a maioria dos religiosos eram falsos cristãos, apenas assinavam o poto nos templos edepois iam rezar ao bezerro de ouro, ao deus-dinheiro, ao deus-ambção, ao deus-usura, ao deus-podere ao deus-materialismo.

Outra decepção foi verificar que as pessoas, naquele país tropical, preocupavam-se mais com engenhocas eletrônicas do que com saneamento básico, educação saúde, civilidade e condições de vida digna. Outros viviam em função da maquina de fazer doido, dia e noite, essa caixa eletrônica vendia ilusões e fantasias, alienando e anestesiando os seus usuários, tprnando-os autômatos. A alienação substituira os hábitos saudáveis.Desaminou e ficou estarrecidos quando soube que o sonho de ´consumo de mutas mulheres pobresera um dia poder adquirir os meios para gerar filhos por inseminação e ter filhos oufilhas brancos, arianos, louros parecidfos com os artistas de Hollywood. O Homem chorou e disse indignado: "Pai estão qerendo repetir a loucura do nazismo, o sonho diabólico da raça pura".

Naquela cidade que chamavam de maravilhosa, onde balas perdidas atingiam inocentes, os bandidos políticos haviam devsstado os cofres públicos, e estavam armando todas as condições para uma aventura fascista. Constatou também que em todas as cidades daquele pobre país s políticos faziam do poder um meio de vida, o nepotismo e o fisilogismo era desbragado. Contava-se nos dedos os políticos sérios. Disse: "Pai, este povo e estepaísnão merecem esse tipo de classe política".

Preocupava-O também a alienação não apenas dos mais ignorantes mas gualmentedos mais bem-informados, não apenas no "paraíso tropical", mas no mundo todo, ninguém se preocupava com a ecologia. com a destruição da camada de ozônio, com as chuvas ácidas, com a derrubada das matas, com o perigodas armas atômicas e nucleares, esses assuntos eram relegados a segundo plano. a preocupçaão era globalizar a economia, submetendo os países mais pobresa um tipo de economia que iria transformá-los em meras posssessões, a filosofia do neoliberalismo er muito antiga e já fora usada pelos romanos quando escravizavam os povos. A quebra dos direitos trabalhistasnas nações pobres, era para Ele um absurdo, uma agressão à Justiça terrena e divina. Indignado vu máquinas substituindo os homens até nos países pobres, levando à miséria mulhões de trabalhadores. Erecentemente inventaram uma medida letal aos trabalhadores: a terceirização. Era um fascismo econômico, uma modernidade às avessas, as nações pobres nçao estabvam prontas para esse tipo de política econômica.

Ele, porém. nao esmoreceu. Só fraquejou um pouco quando constatou que até o amor se transaformara numa palavra abstrata e em desuso para a maioria, era um sentimento anacrônico para os que preferiam os prazeres efêmeros. Os valores tradicionais estavam arquivados na memória de todos. O mundo marchava celeremente para auma espécie de holocausto. Cumpria a Ele, em nome do Pai, tentar evitar isso. Depois de mais de dfois mil anos, a história se repetia.Um novo sacrifício se impunha para acordar as pessoas. Novamente Ele seria crucificado. Seria aauma Recrucificação, talvez mais violenta porque as menteseram mais frias e usavam uma tecnologia mais cruel. Ele iria enfrentar um poder mais cruel do que o de Roma antiga,´oscésares de hojeeram mais sanguinários. Então no alto de um morro, não era evidentemente o Monte das OLiveiras, mas uma favela, Elerezou: - Pai dai-me forças para mais auma vez enfrentar o poder e os poderosos". E partiu para tentar com o seu sacrifício, evitar o fim da Criação de Deus, o mundo. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/04/2017
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