O QUE VOCÊ POR VOCÊ, HOJE?
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O que você já fez por você mesmo, hoje, pelo seu próprio mundo, vida própria, sem depender de comentários, cliques, curtidas e compartilhamentos em redes sociais? Essa pergunta aparentemente inocente, não a é. Também sou um dependente de redes sociais, por razões de trabalho. Contudo, não costumo compartilhar fotos, comentários ou curtir postagens sem qualquer qualidade e um mínimo de intelectualidade. Detesto uso de palavras “obscenas” e agressivas em só pelo puro prazer de falar mal alguém ou por pura falta de recursos de linguagem ou outros argumentos mais lógicos!
Sou seletivo e crítico e analiso muito bem o que faço para que todos vejam também. Porém, sempre que a recebo a quem me pede pelo facebook, escrevo sempre: “bem vindo ao blogcarloscostajornalismo. Conheça, compartilhe com seus contatos, baixe livros em e-book e comente se quiser outros trabalhos científicos, sociais, filosóficos e literários nele publicados”. Com esse meu pedido e a atenção das pessoas que recebo, o blog está sendo lido em mais de 80 países do mundo! Considero-me viciado sim, mas não compulsivo em redes sociais,
Conheço e convivo pessoas que não se desgrudam de redes sociais: curtem e compartilhem com outros qualquer tipo de postagem, mesmo de quem não conhecem, por puro capricho de fazê-lo, sem qualquer criticidade antecipada. Parecem viver mais em função de um mundo virtual paralelo do que em função delas próprias, do que sentem, pensam, se deixando envolver de tal maneira pela virtualidade e esquecendo que existe um mundo real que além do virtual, que deve ser vivido com e mais intensidade.
Por isso, retorno à pergunta inicial de outra forma: qual seria seu mundo fora das redes sociais? Qual seria sua relação olho no olho, pele na pele, fora das redes sociais? O dependente da tecnologia virtual não consegue viver em seu próprio mundo e dependerá sempre do que as pessoas pensarão sobre ela, o que acharão de seu novo corte de cabelo, da tintura, da comida nova que fez, das unhas que pintou, da cor de seu esmalte, roupa, moda que esteja usando....enfim.
Isso é dependência total da imagem que os outros fazem sobre você e se deixa de viver fora de seu próprio mundo interior, tornando-se cada vez mais dependente de rede social para divulgar ideias, trabalhos, opiniões, mesmo que não mantenha coerência, qualidade e objetividade no que posta para que os outros compartilhem. O importante para o dependente virtual é o número de curtidas, compartilhamentos e outras coisas que a tornem importante, mesmo que por poucos instantes. Mas o que você já fez por você mesmo, hoje, sem depender de rede social e da opinião dos outros para se sentir aceita e for o que verdadeiramente você é? Se a resposta for nada, então, você vive em função dos outros e não de você própria e precisa repensar na sua vida além das redes sociais.