Normas da língua

“A gente é acostumada a mandar mensagem, escrever nas redes sociais, aí escreve tudo errado, abreviado e quando a gente vai fazer uma prova não é bem assim”.

O depoimento acima faz parte de uma reportagem (http://glo.bo/1j4UEy8) que noticiou uma constatação: “Erros de ortografia reprovam 40,6% de estudantes em teste para estágio”. Ou seja, esses jovens candidatos, estudantes do Ensino Médio ou universitário, da escola pública ou particular, não dominam a variedade normativa língua. Sim, eles têm excelente domínio das tecnologias, falam outros idiomas, mas não conseguem evitar erros ortográficos quando solicitados a redigirem, sob ditado, 30 palavras.

É evidente que não se escreve uma redação para um teste da mesma forma como se conversa com os amigos nas redes sociais. Na verdade, ainda não está claro para a maioria das pessoas, o senso comum, o fato de que a língua portuguesa, como qualquer outra (inglês, chinês etc.), é um conjunto de variedades.

A norma culta, que é a variedade de prestígio, encontrada nos jornais, nas revistas é o mínimo que se espera dos candidatos a uma vaga. Ela se aproxima da norma padrão, mas não é um sinônimo dela. Enquanto a norma padrão segue as gramáticas prescritivas da língua, a norma culta representa os modelos de uso em situações formais, principalmente na modalidade escrita.

Em verdade, quem não apreende as nuances da língua, termina por fugir à convenção, ou seja, quebra o contrato, os acordos sobre um determinado assunto.

Portanto, erra tanto aquele que usa a “escrita rápida” das mensagens de texto em uma redação, quanto quem vai a um casamento em trajes de banho.

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 07/04/2017
Reeditado em 20/12/2017
Código do texto: T5964159
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