MESA FARTA E BARRIGA VAZIA


     Estamos em pleno Natal onde as pessoas correm de um lado para o outro, á procura de mais novidade que possam nos levar as compras Natalinas.
     O povo caminha a passos largos em disputa de preços mais barato, procuram meios que vão facilitar na hora do pagamento, mas tudo gira em torno de um bom desconto, que passa agradar o bolso de cada um.
     O que mais intriga é a velocidade com que as coisas acontecem, ainda mais quando vai se aproximando a hora mais esperada: 00:00hs.
     Fico imaginado aquela pessoa que ficou o ano todo planejando sonhos, descobrindo novos horizontes, sem ter ás vezes alguma panela cheia de comida dentro de casa, enquanto muitos se fartam com as gostosuras das mesas cheias e fartas de guloseimas, carne assada, perus assados e frutas á vontade, enquanto do outro lado da rua, alguém com os olhos brilhantes acompanhados ás vezes em lágrimas, procura algo para comer.
     Nessa data tão marcante e festiva encontramos vários corações solidários; aos poucos vão aparecendo voluntários que compartilha o que tem com aqueles que não têm; fazem questão de tocar a “bocas no trombone” e dizer para todos que mais importante é amar, valorizar o próximo que mais próximo em que estiver, está tão longe de muitos corações.
     O mundo não esquece aquele ato de amor, de heroísmo, valentia diante da adversidade da vida; vivemos apenas esse momento que deveria ser contínuo e interminável, pois todos carecem de uma atenção especial carinho, afeto e barriga cheia.
     A modernidade leva-nos ás vezes serem menos sensíveis àqueles que estão a nossa volta; é o mundo competitivo, é a globalização.
     Notícias nos tiram o fôlego todos os dias, mas não deixamos de nos se alimentar, mesmo que essa notícia seja boa ou ruim. Sem luz, sem teto, sem amor, sem caminho, sem Jesus.
“O que os olhos não veem o coração não sente"

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 06/04/2017
Reeditado em 22/11/2021
Código do texto: T5963383
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