Ditos Populares
Outro dia me peguei pensando sobre o uso e origem de alguns ditos populares. Quem ainda hoje usa no seu corrente falar ou escrever os ditos populares? Percebo que os adolescentes, os jovens, não usam. Por exemplo: “A cavalo dado não se olha os dentes.” Será que alguém hoje em dia dá algum cavalo pra alguém? Bom, mas devemos ser sempre gratos aos bons gestos e às boas intenções.
E o dito mais intrigante que existe: “A voz do povo é a voz de Deus.” Será mesmo? Na medida em que a voz do povo se faz tão manipulada pelo marketing político e pela mídia de forma geral, o que será que Deus tem a ver com isso? E, aliás, de que Deus falam? Penso nos versos de Gilberto Gil na canção “Se eu quiser falar com Deus...” e se para ouvir a Deus há que se ouvir o povo, fica tudo tão mais complicado.
Conheço muita gente que diz “Fazer do limão, uma limonada”. Está aí uma sabedoria: levantar a cabeça após uma frustração, seguir em frente. Superar o momento, jamais desistir. “É de pequenino que se torce o pepino” – ou “Pau que nasce torto, morre torto” - será que nunca se endireita? A educação dos pais deve estar sempre presente e atenta aos bons valores humanos. E o “Tarda, mas não falha” – diz-se muito a respeito da Justiça. Mas será que uma justiça lenta demais já não é falha? E o “Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia” – já escutou os conselhos de sua mãe? Gosto do “Mais vale um grama de exemplo que toneladas de conselhos”. “Diga com quem andas e direi quem tu és” – remete aos nossos ilustres políticos. E devido ao nosso atual e delicado momento político, fica mais um dito popular pra gente refletir: “Quem cala, consente”.