Persuasão
Você já tentou convencer alguém daquilo em que acredita? Ou mesmo já entregou um trabalho escrito a um professor esperando, esperançosamente, que ele concordasse com o que você escreveu? Se sim, continue lendo este texto.
Uma fórmula é a expressão de um conceito, a representação de um modelo já estabelecido. Há fórmulas tradicionais como as expressões matemáticas, já outras não tão evidentes. Mas, mesmo as “não tradicionais” têm em si um modo de proceder para se alcançar um determinado objetivo. É essa característica, o procedimento, que as aproximam.
Vejamos uma fórmula que pode ser utilizada naqueles momentos em que se necessita falar ou escrever com a intenção de convencer uma dada plateia. No Sermão da Sexagésima, padre Antônio Vieira, em um trecho específico ensina que não importa se o que se diz é veiculado pela fala ou pela escrita, o primeiro passo é conhecer o assunto; o segundo, dividi-lo em temas; o terceiro, argumentar com exemplos; o quarto, mostrar as causas e os efeitos à luz das circunstâncias; o quinto, certificar-se apenas de dizer o que seja conveniente e, evidentemente, omitir o que não o seja; o sexto, responder às dúvidas; o sétimo, satisfazer às dificuldades do problema a que se ataca; o oitavo, contradizer os argumentos em contrário; o nono, resumir para reforçar e persuadir.
Segundo padre Vieira, quem não procede segundo à sua fórmula não prega, não espalha uma ideia, apenas fala muito alto.
Intimidar é oprimir, e em nada tem a ver com a arte de persuadir. Convencer é uma arte, porque é uma capacidade de se pôr em prática uma ideia.