DESAFIOS: PASSOS DO COTIDIANO XII... 15h17min.

Para quem já passou dos 70 os “desafios” são amenos. O “sonho” de ser um “grande” empresário, ficou somente nas lembranças, na realidade sempre fomos “pequenos”, no escritório trabalhavam três pessoas, uma delas era nossa filha, havia alguém que “cuidava” do estoque, separava os pedidos, quanto a “nós” auxiliávamos em tudo, era o vendedor mais “forte” da pequena empresa; competia também fazer as entregas...

Certa ocasião, quando chegamos para fazer isto, numa farmácia de dois irmãos, japoneses, um deles, - Oswaldo – gostava de fazer trocadilho; um dia ele saiu com esta: que bom que hoje veio o “propriootário” da empresa...

Durante muitos anos de convivência, os clientes acabaram tendo um vínculo de amizade; inteirando-nos até de seus problemas existenciais...

Foram praticamente 30 anos; repentinamente, houve uma “norma” federal, no governo FEC, - “sem mágoas” – que as distribuidoras, não poderiam estar no mesmo terreno da residência do proprietário, ainda mais, teria que contratar um farmacêutico... Muito embora em nossa empresa, apenas fazíamos revenda, portanto não havia qualquer tipo de “manipulações”...

“Ordens” são ordens, deve ser obedecidas, mesmo a contragosto. Em setembro de 1998, tiramos a nossa última nota fiscal, e paramos na “amarra”. Neste meio tempo nos aposentamos, após 37 anos de contribuição, o que ganhamos é muito pouco em relação ao que recolhemos; nos últimos 24 anos na condição de empresário sob re cinco salários mínimos...

Alias a questão da Previdência Social, é um assunto complexo, é difícil se chegar um denominador comum, o valor que recolhemos e o que estamos recebendo. Final do ano passado um Deputado Federal do PT, num de seus discursos na Câmara, lançou uma “Luz”, se o salário mínimo não tivesse subido além da inflação, ao invés dos atuais R$ 880, reais, na época, seria de tão somente R$550, reais... Se multiplicarmos 550 x 5 = 2.750, reais; diante disto não entendemos qual o motivo que estamos recebendo tão somente 1499, reais...

Que os nossos prezados leitores (as) não recebem nossas palavras como lamúrias, apenas como um “desabafo”; o Supremo Criador tem dado há nós muito mais que merecemos, ainda temos saúde para trabalhar, e ganhar uns “trocados” a mais, com aquilo que esposa recebe, soma um pouco mais de seis salários mínimos, não é “muito”, mas dá para ir levando a vida, sem grandes preocupações; apenas temos que ter a cautela, de não gastarmos mais do que recebemos...

Se isto se aplica a “microeconomia” qual a razão que os governantes não levam em conta na macroeconomia? Se aqueles que estiveram no poder mais de 13 anos, tivessem levando em conta isto, - a Nação não pode gastar mais que arrecada – com certeza não estaríamos passando pela atual crise, em as “reformas” são as palavras de ordem; e no final sempre acaba recaindo na classe mais humilde, pois os que estão numa situação “privilegiada” não querem perder os seus “direitos” adquiridos...

Que o país, possa superar os atuais desafios, para tornar uma pátria mais justa e solidária; que os que têm o mando do poder pensem mais no Brasil e menos em seus interesses pessoais... 16h13min.

Curitiba, 05 de abril de 2017 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 05/04/2017
Reeditado em 06/04/2017
Código do texto: T5962353
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