Salvador, aquele abraço!
1. Os filhos e os amigos de Salvador, dominados por indescritível Axé, comemoraram, no dia 29 de março de 2017, os 468 da bela capital baiana. Os antigos, vale lembrar, chamavam Salvador de Bahia. Está na Bahia significava está em Salvador.
2. A Carta régia de 29 de março de 1549 diz o seguinte: - "Eu, el-rei Dom João III, faço saber a vós, Tomé de Souza, fidalgo da minha casa, que ordenei mandar fazer nas terras do Brasil uma fortaleza e povoação grande e forte, na Baia de Todos-os-Santos. (...) Tenho por bem enviar-vos por governador das ditas terras do Brasil".
3. Com a publicação desse documento, bem lusitano por sinal, nasceu a cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos.
Para implantá-la como a primeira capital do Brasil, Tomé de Souza, o primeiro Governador-Geral, desembarcou com sua comitiva na acolhedora praia soteropolitana do Porto da Barra, hoje muito frequentada pelos salvadorenses e turistas.
4. Para lembrar o histórico desembarque, ergueu-se no Porto da Barra um enorme e eloquente painel azulejado, obra do artesão Eduardo Gomes. É o marco de fundação da cidade.
Dia desses, me disseram que o local do desembarque de Tomé de Souza é hoje um baita de um sanitário público. Lastimável, né mesmo?
5. Passados os festejos do dia 29 de março, persistiu meu desejo de dar "aquele abraço" na minha querida Salvador.
Não um abraço protocolar, insosso, mas um abraço de um cearense apaixonado por cada pedacinho dessa cidade que o acolhe, desde 1957, como se ele fosse um de seus filhos mais queridos.
6. Daria esse abraço de várias maneiras:
a) Tecendo, digamos, minuciosos comentários sobre lugares e monumentos que fazem de Salvador uma cidade encantadora, porque mística e cheia de belas histórias do passado e d'agora;
b) falando de suas igrejas e de seus terreiros de candomblé espalhados pelos bairros e no centro;
c) falando sobre seus badalados restaurantes, para mostrar e elogiar a inigualável comida baiana;
d) recordando figuras notáveis nascidas em Salvador como o esquecido Frei Vicente do Salvador (1564-1635), franciscano menor , autor da primeira História do Brasil.
Informo, em tempo, que os ossos desse ilustre frade estão enterrados no Convento de São Francisco, no Centro Histórico de Salvador. Abordando qualquer desses assuntos, teria pouco, muito pouco a acrescentar.
8. Encontrei, numa conhecida canção popular, o jeitinho mais carinhoso de abraçar a querida cidade aniversariante.
Essa canção- vai aí uma confidência - embalou os meus primeiros sonhos nos meus primeiros dias na Terra da Felicidade...
9. A canção é: De Ary Barroso, Na Baixa do Sapateiro, Só os primeiros versinhos: "Na Baixa do Sapateiro eu encontrei um dia/ A morena mais frajola da Bahia/ Pedi um beijo, não deu/ Um abraço, sorriu/ Pedi-lhe a mão não quis dar, fugiu/ Bahia (Salvador), terra da felicidade/ Morena, eu ando louco de saudade/ Meu Senhor do Bonfim/ Arranje outra morena igualzinha pra mim".
Não é que Ele arranjou!!!
10. Salvador! 468 anos! Aquele abraço! Peço ao Senhor do Bonfim, ou a Oxalá, que continue te espiando e abençoando do alto da colina sagrada.
1. Os filhos e os amigos de Salvador, dominados por indescritível Axé, comemoraram, no dia 29 de março de 2017, os 468 da bela capital baiana. Os antigos, vale lembrar, chamavam Salvador de Bahia. Está na Bahia significava está em Salvador.
2. A Carta régia de 29 de março de 1549 diz o seguinte: - "Eu, el-rei Dom João III, faço saber a vós, Tomé de Souza, fidalgo da minha casa, que ordenei mandar fazer nas terras do Brasil uma fortaleza e povoação grande e forte, na Baia de Todos-os-Santos. (...) Tenho por bem enviar-vos por governador das ditas terras do Brasil".
3. Com a publicação desse documento, bem lusitano por sinal, nasceu a cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos.
Para implantá-la como a primeira capital do Brasil, Tomé de Souza, o primeiro Governador-Geral, desembarcou com sua comitiva na acolhedora praia soteropolitana do Porto da Barra, hoje muito frequentada pelos salvadorenses e turistas.
4. Para lembrar o histórico desembarque, ergueu-se no Porto da Barra um enorme e eloquente painel azulejado, obra do artesão Eduardo Gomes. É o marco de fundação da cidade.
Dia desses, me disseram que o local do desembarque de Tomé de Souza é hoje um baita de um sanitário público. Lastimável, né mesmo?
5. Passados os festejos do dia 29 de março, persistiu meu desejo de dar "aquele abraço" na minha querida Salvador.
Não um abraço protocolar, insosso, mas um abraço de um cearense apaixonado por cada pedacinho dessa cidade que o acolhe, desde 1957, como se ele fosse um de seus filhos mais queridos.
6. Daria esse abraço de várias maneiras:
a) Tecendo, digamos, minuciosos comentários sobre lugares e monumentos que fazem de Salvador uma cidade encantadora, porque mística e cheia de belas histórias do passado e d'agora;
b) falando de suas igrejas e de seus terreiros de candomblé espalhados pelos bairros e no centro;
c) falando sobre seus badalados restaurantes, para mostrar e elogiar a inigualável comida baiana;
d) recordando figuras notáveis nascidas em Salvador como o esquecido Frei Vicente do Salvador (1564-1635), franciscano menor , autor da primeira História do Brasil.
Informo, em tempo, que os ossos desse ilustre frade estão enterrados no Convento de São Francisco, no Centro Histórico de Salvador. Abordando qualquer desses assuntos, teria pouco, muito pouco a acrescentar.
8. Encontrei, numa conhecida canção popular, o jeitinho mais carinhoso de abraçar a querida cidade aniversariante.
Essa canção- vai aí uma confidência - embalou os meus primeiros sonhos nos meus primeiros dias na Terra da Felicidade...
9. A canção é: De Ary Barroso, Na Baixa do Sapateiro, Só os primeiros versinhos: "Na Baixa do Sapateiro eu encontrei um dia/ A morena mais frajola da Bahia/ Pedi um beijo, não deu/ Um abraço, sorriu/ Pedi-lhe a mão não quis dar, fugiu/ Bahia (Salvador), terra da felicidade/ Morena, eu ando louco de saudade/ Meu Senhor do Bonfim/ Arranje outra morena igualzinha pra mim".
Não é que Ele arranjou!!!
10. Salvador! 468 anos! Aquele abraço! Peço ao Senhor do Bonfim, ou a Oxalá, que continue te espiando e abençoando do alto da colina sagrada.