NO REINO DE NÃO SEI ONDE!
Era uma vez no Reino de Não Sei Onde, ao sul de qualquer lugar, tudo era uma maravilha para políticos , empresários e alguns funcionários de estatais que tinham a absoluta certeza de que o crime compensa, e muito, e deitavam e rolavam articulando e perpetrando engenhosas e geniais maracutaias.
Praticavam de forma eficaz o nobre esporte (para eles claro,) de meterem a mão na grana alheia, afinal ao menos teoricamente, o dinheiro público tem dono.
Mas para eles como a grana era pública, principalmente os políticos, que diz a lenda deveriam representar as pessoas que os elegeram, não se importavam em meter a mão, afinal eles eram representantes do povo.
E a farra era das boas, exibiam sim alguma ostentação, mas o grosso da roubalheira que somava milhões de dólares era devidamente escamoteado para além das fronteiras.
Mas como diz um adágio popular, não há mal que sempre dure e nem bem que não se acabe.
Demorou bastante mas a casa para eles começou a cair, e muitos trocaram o terno de luxo por um uniforme prisional e relógios de ouro por algemas de aço.
Os lautos almoços e jantares em restaurantes de luxo foram trocados por quentinhas.
Como não existe felicidade perfeita existe uma enorme discrepância entre a gravidade dos crimes praticados e as penas recebidas por alguns que foram reduzidas pelo benefício da delação premiada.
Ao menos para alguns o Era uma vez não teve um final feliz e o efeito dominó ainda vai derrubar muita gente das mais diversas facções políticas, também chamadas de partidos.
AC De Paula