O ESCÁRNIO DOS TOLOS ( Herança dos sábios)
Sexta feira, em uma aula de filosofia, eu afirmava que o dinheiro compra amor, carinho, sexo e, por último, a felicidade. Aí um aluno invejoso, "para me tirar", disse: “só pode, para achar alguém que "fique" com você, tem que ser por dinheiro mesmo”. Então lhe respondi com uma pergunta: Pois é, e que razão uma mulher teria para "ficar" consigo? Se você não tem dinheiro, nem beleza, nem saúde e nem inteligência! Só se ela for pior que você! Porque na pobreza mora o descuido, na juventude a falta de experiência, na doença os maus traços. Não sei o que se passou dentro dele, mas sei muito bem a dor do meu coração e a minha renúncia pelo desclassificação. Se Deus perdoa, mesmo no prejuízo, peço a Ele meu perdão pela minha grosseria, ninguém ama gente grosseira, porém compra-se quem goste desse tipo.
Eu não ignoro meus alunos, Deus também não, e observo tudo o que eles me dizem. Eu sempre me pergunto: O que eles pensam quando ouvem meu nome? Pensam em mansidão, piedade, diligência e fidelidade? Meu nome é doce para seus ouvidos e pensamentos? Como eles falam sobre mim para os outros? Sou frequentemente elogiado quando não estou presente? Será que eles gostam de estar na minha companhia? Será que eles querem me honrar com carinho, presentes e serviço? Ou meu nome é um pensamento amargo? Pensam em rudeza, egoísmo, teimosia, orgulho, mau humor ou indiscrição? Eles estão tentando me evitar? Quando os outros falam sobre mim, eles têm que pedir desculpas pelo meu comportamento? Eles não me incluem em suas listas de convites ou tarefas porque eu os incomodo mais do que eles gostam? Se isso acontece de fato, eu culpo o sistema educacional que não prioriza relacionamentos saudáveis. Em tempos quando a educação era respeitada, os professores eram rígidos e até cruéis, no entanto aluno algum ousava zombar de seus professores, Mais anteriormente, Deus não deixou nem os garotos da história Bíblia "curtirem" do profeta Eliseu (A média de uma sala de aula é 42 alunos - morreram 42 em II Reis 2. 23-25 com o comportamento de aluno moderno). Mas, agora podem. Há os que me chamam de velho gagá, zombam de meu magistério, da minha aula, da minha autoridade. Deixam me acuado em meio ao tumulto da sala de aula com as algazarras dos que não querem estudar. Deus jamais os deixará impune! Ou Ele terá de recusar muitas vezes minha oração!? Enquanto isso...
Se amar é ensinar, O amor não me ama, esfrega-me na lama, aproveito para manter a fama de asqueroso, matando a minha sede na poça da rua. Quem me dera ser seu para que sinta nojo de mim, com a razão do urubu-de-cabeça-vermelha. Quero desvirtuar seu perfume com um fedor difuso de uma boca que dormiu aberta de tanto cansado: a minha que lhe beija. E se ainda, assim, não me ver verdadeiro, pelo menos me respeite, honrado-me com a herança dos sábios: o escárnio dos tolos.
Onde quero estar? No paraíso, é claro! Ou em um lugar que não tenha regras escolares, mas que tenha apenas exceções supervisionadas, motivadas pela sede do equilíbrio. Aí sim, as pessoas podem amar e se deixar ser amadas sem reserva ou medo de acusação. Lá o porco que hoje nos persegue corre pouco, será gordo demais para isso! E com uma banana tirada do pé, repõe-se cabalmente o prato de petiscos derramado por acidente.
No mundo onde vivo, qualquer traça come minha roupa nova, comprada com as secreções vitais – suor, lagrimas, sangue – do meu calejado corpo, que nem me pertence mais, é do Diabo, de tanta maldição dos que anseiam ver em mim os "sublimes" traços da beleza midiática e não os encontram. Qual é minha culpa? E qual é sua culpa por ter que me olhar mesmo torcido que seja? Eu sinto por existir, porém existo, logo penso, embora na contramão! Fazer o quê! Mas, penso. E você pensa...?
É como disse Mahatma Gandhi: "De olho por olho e dente por dente o mundo acabará cego e sem dentes." E por minha conta, acrescento que de tanto "amar", o mundo acabará também sem coração!
Agora não dou mais conselho, presto assessoria!