A necessidade de nos contentarmos
E em um mundo de todo dia: tenho que correr pra não me atrasar, tenho que pagar aquela conta, preciso dormir melhor, tenho que fazer exercícios, não posso esquecer de fazer aquela ligação...todo dia a mesma coisa, todo dia os mesmos problemas, opa! isso não, cada dia temos novos problemas que ou se juntam aos que já estão ou os substituem, chega o final de semana e sentimos uma necessidade urgente, premente e gigante de nos atirar às coisas que NÃO temos: não temos que acordar cedo, se não quisermos, podemos desligar o celular ou nem atendê lo, se quisermos, podemos plantar ou correr, ficar na cama o dia inteiro ou não.
Passa a existir, então, quase duas pessoas morando em um mesmo corpo ou duas mentes que funcionam diferentes: uma do dia a dia, que é obrigada a cumprir agendas e outra que é levada a seu bel prazer a fazer coisas, por fazer, na verdade, porque gosta, porque lhe traz sensações boas. Que bom!
Que bom que somos essa dualidade, aqui me restrinjo a um tipo de ser dual (pois somos tantos...); que bom que podemos nos dividir conscientemente, acredito que isso nos dá uma maleabilidade conosco mesmos pois, no todo dia de toda semana, é tudo tão impositório, tão chato que, precisamos nos resgatar no não obrigatório, no quero fazer isso porque...QUERO. Isso.