AS TRISTEZAS D´ALMA... 15h42min.

Hoje, último dia de março, a vida parece voltar à normalidade, a nossa Meg depois de passar dois dias internada, dentro de suas limitações da idade, segue sua rotina; por sugestão da médica, o genro Silvan comprou um aparelho, que mede teor de glicose, com uma simples gotinha de sangue, isto evitará que possa receber excesso de insulina, talvez o que ocorreu da última vez que teve uma crise de compulsão...

Ontem, à tarde, sai a serviço num roteiro ameno, tenho que voltar na segunda ou terça pela manhã, para concluir; antes de voltar para casa, já passava das cinco horas, aproveitamos para dar uma passadinha para visitar o amigo Alceu, que vive só, muito embora seus filhos dêem a ele uma permanente assistência. Estava com visita de uma amiga, conversamos um pouco, nos ofereceu um cafezinho, nos despedimos e retornamos; demos a ele dois frascos das Gotinhas da Saúde, um ele daria a um amigo.

À noite, a filha Nice, com o esposo, - cujo nome mencionamos – foi testar o aparelhinho, antes fez o teste em si próprio, o seu teor de glicose estava normal, quanto ao da Meg deu 340, segunda a médica, esta “alta” é em função que depois de muito tempo entrou no cio. Novamente tomamos café; “comprovando” que o café deve ser evitado em excesso, pois voltamos a sentir um leve mal estar, sem maiores conseqüências...

E quanto ao título de nossas Reflexões do Cotidiano?! Sim! Há momentos em que nossa alma é envolvida pela tristeza, são as “dores” d´alma... Nossa vida é feita de rotina, e quando elas são “suspensas”, acabamos, porque não dizer nos envolver por uma melancolia. Não iremos mencionar nomes, pois isto pouco acrescentaria...

Toda semana, visitávamos uma tia, a casa que morava fica próximo ao banco, que quase diariamente tínhamos que ir, para depositar cheques e fazer pagamentos das duplicatas de nossos fornecedores. Quase sempre levamos alguma coisa para ajudar no lanche, fazia um café com esmero, arrumava a mesa como se fôssemos uma visita que há muito tempo lá não comparecia...

Casa fora feita pelo filho, - que dará motivo para uma outra crônica - seu esposo já havia falecido, morava tão somente com uma das filhas, que acabou não se casando, o que “comprova” que nem todas a mulheres, vem fadadas ao casamento, e nem por isto são mais infelizes...

O tempo passa célere, também passou para ela, com as doenças e limitações de quem já passara dos 80 anos; no final de sua vida, cheia de sofrimentos e vicissitudes, fez um pedido fora do comum, queria terminar seus dias numa “Casa de Repouso”, o desejo da mãe foi satisfeito, o local não ficava muito longe de onde morava; fomos visitá-la, tivemos um “choque”, adentrar naquela casa, com uma ampla sala e os “velhinhos” sentados vendo televisão. Ela estava em seu quarto, deitada, havia mais uma cama, pouco quis conversar conosco, ficamos tristes, em ver alguém que tanto amávamos naquela situação, que ela própria escolhera...

Coincidentemente, uma semana após seu “exílio” voluntário veio a falecer... A casa que morara, lá está hoje mora um de seus netos; são cotidiano que vai escrevendo suas histórias, umas boas e outras nem tanto...

A “nós” somente cabe aceitar e conviver, há uma belíssima página no O Evangelho Segundo o Espiritismo que fala sobre a melancolia, é este estado d´alma, que somos “envolvidos”, mas que é preciso fazer uma esforço para não permanecer, pois a Vida Continua... 16h24min. Curitiba, 31 de março de 2016 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 31/03/2017
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