A POLÍTICA BRASILEIRA DA PROPINA

Por: ANTONIO PAIVA RODRIGUES

“Quando partimos do Plano Físico na direção do Plano Espiritual, se pensamentos de culpa nos obscurecem ou nos conturbam a mente, fazemo-nos nos portadores de inibições e desequilíbrios, sofrimentos e resgates que prescrevemos contra nós mesmos, perante a consciência onerada por débito de formação espiritual”. (Chico Xavier).

“Saibamos procurar a luz nas pedras da existência, estudando e aprendendo, amando ao próximo como sendo nós mesmos e sublimando os ideais de elevação que adquirimos, com a realização de nossos princípios”. Propina a palavra – chave desse artigo em forma de crônica, refere-se ao valor em dinheiro oferecido ou pago alguém para que esta pessoa pratique atos ilegais; quantia em dinheiro oferecida em troca de favores. Gorjeta; gratificação adicional paga a alguém pelos serviços prestados. Propina tem origem latina da palavra propina.ae. Sinônimo de suborno, aliciamento, gorjeta, gratificação, emolumento e corrompimento. Vejam: “ As provas da propina de Pimentel”: Delação obtida pela mídia mostra que, além do caixa dois para a campanha, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, usou dinheiro de corrupção para pagar despesas pessoais dele e de sua mulher. O Caixa dois de R$ 1,5 milhão da Pepper.

Delatora Danielle Fonteles contou que oficialmente a Pepper recebeu R$ 90 mil. O valor “por fora”, por orientação de Fernando Pimentel, foi bancada por quatro empresas: SETRABH (Sindicato das Empresas de Transporte de passageiros de Belo Horizonte), que pagou R$ 600 mil, empreiteira Camter, que desembolsou R$ 150 mil, a Construtora Egesa, responsável por R$ 600 mil, e a ECB (Empresa Construtora do Brasil), que transferiu R$ 120 mil. A Comissão para a Primeira –Dama: Segundo Daniele Fontelles, Carolina de Oliveira recebia 50% do lucro da Pepper sem prestar nenhum serviço. “50%do lucro de cada contrato firmado com as empresas citadas eram repassados para Carolina de Oliveira Pereira: Que questionada sobre qual tipo de serviço prestado por Carolina para Pepper para justificar o recebimento daqueles 50%, a colaboradora disse que Carolina de Oliveira não prestava nenhum serviço para Pepper em contraprestação aos 50% recebido”.

Havia reuniões com Carolina de Oliveira a pedido de Pimentel. A primeira-dama Carolina de Oliveira participava dois encontros por orientação do governador de Minas, Fernando Pimentel. Para verificar a entrada dos pagamentos e o lucro obtido com os contratos. Carolina procurava Daniele ou sua sócia e solicitava os 50%. Propina não era paga em dinheiro, mas por meio de pagamentos de cartões de crédito e parcelas de um imóvel comprado pela primeira-dama. Os pagamentos ocorreram em 2011. Ressalte-se que Danielle Fontes também delatou operações DA Pepper em Gana e no Congo. Mudando um pouco o azimute vamos inserir o bom senso de Fux. Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) atende aos apelos populares ao tornar sem efeito projeto contra a corrupção desfigurado pela Câmara e parlamentares falam em choque de poderes. “O judiciário pode interferir a pedido de um parlamentar toda vez que ele promova uma ação demonstrando que o processo legislativo não está correto. (Luiz Fux). (Fonte: “Isto É).

Luiz Fux que vê nas emendas dos parlamentares uma afronta aos preceitos democráticos, e o senador Renan Calheiros: relutância em aceitar decisões do judiciário. “Essa medida é indefensável, porque ela interfere no processo legislativo”. (Renan Calheiros). “A decisão de Fux devolve a esperança a milhões de brasileiros”. (Dalton Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato). Uma agenda que interessa. Presidente Michel Temer dribla instabilidade política, aprova medidas vitais para debater a crise e lança pacote econômico que beneficia empresários e trabalhadores. Plano do governo quer estimular o crédito e facilitar o abatimento de dívidas. Meta é melhorar o ambiente de negócios do País. Meirelles afirma que o governo irá arrecadar R$ 10 bilhões com o programa de regularização. Plenário do Senado aprova a PEC dos gastos e governo Temer conseguiu manter base unida.

Além da queda, coice. O Brasil passa por problemas difíceis tentando recuperar a sua economia e baderneiros incensados por trás do vandalismo ligados à CUT, MTST e PT interessados no caos e em manter o País em estado de instabilidade permanente, querem implantar o terror num País já doente fruto da corrupção que se espalhou de norte a sul e de leste a oeste. Eles depredam bens públicos e particulares, incendeiam carros e agridem policiais. Arruaceiro ligado a movimentos organizados incendeiam ônibus em Brasília e além do mais pousam para fotos fumando cigarros acendido no fogo que o próprio ajudou a atear, Pode Freud? Enquanto isso, Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias recorrem ao STF contra a PEC que quer disciplinar os gastos públicos. A esquerda sonha com diretas, parte do PSDB tenta a via das indiretas e o Planalto busca fôlego em meio ao fogo cruzado. Lula sempre negará, mas Odebrecht bancou outro apartamento de Lula. Não só o tríplex do Guarujá! Documentos e depoimentos mostram como um dos apartamentos do ex-presidente em São Bernardo foi comprado com dinheiro do “Departamento de Propinas” da empreiteira.

Em delação, Marcelo Odebrecht confirma a entrega de dinheiro vivo para Lula. “A corrupção não tem cores partidárias. Não é monopólio de agremiações políticas ou de governos específicos. Combatê-la dever ser bandeira da esquerda e da direita”. (Sérgio Moro). As lições do rei da crise: Num momento em que a maioria das empresas luta para sair do vermelho e não se afundar em dívidas, a Renner, maior varejista de roupas do País, está crescendo e lucrando mais do que nunca. O que o Brasil corporativo pode aprender com a empresa de José Galló. Reza todos os dias para não cair em tentação. O bom desempenho explica por que as ações da Renner se valorizaram nos últimos dois anos, enquanto as da Marisa e Riachuelo caíram fortemente. As lições do sucesso: 1-prepara-se para o pior, 2-Evitar mudanças de estratégias, 3-conter o endividamento, 4-Confiar mais, controlar menos, 5- Ter executivos experientes. A empresa reforma lojas e atrai consumidores da classe B, obrigados a economizar na crise. A Renner te o controle pulverizado na prática, Galló exerce o papel de dono desde 2005.

Executivos de mercado dizem que a Renner ficou paralisada na crise de 2008. Agora está mais equilibrada. Pelos excelentes trabalham de investigação em casos de corrupção pelo juiz Sérgio Moro a Operação Lava Jato caiu no mundo. Eis mais um problema para os acusados de corrupção no Brasil: quem usa dólar ou tem negócios nos Estados Unidos já está na mira da legislação americana. E outros países também tem leis de alcance internacional para combater o crime de colarinho branco. (Fabiane Stefano). Otávio Azevedo ex-presidente da Andrade Gutierrez: os acordos milionários de delação premiada são base para ações no exterior. A nova disposição das autoridades americanas é punir mais duramente executivos e empregados criminosos do que empresas e acionistas. Muito além da Justiça brasileira. Empresas brasileiras e estrangeiras envolvidas na Lava Jato pode ser. Quem já está sendo investigada e onde. Petrobras (Estados Unidos). Epicentro da Operação Lava Jato a estatal foi notificada em 2014 pelo Departamento de Justiça americano e pela Comissão de Valores Mobiliários. A empresa também é alvo de 28 ações coletivas de investidores que alegam prejuízo causado pelo caso de corrupção. Braskem (Estados Unidos).

A petroquímica foi acusada em delações de pagar propinas para obter um contrato irregular da compra de nafta da Petrobras. A empresa procurou as autoridades americanas e propôs conduzir investigação interna para apurar se houve o crime. E quem ainda corre risco de ser acionada no exterior. Odebrecht (Estados Unidos). Com escritórios no Texas e na Flórida, a construtora pode ser chamada pelas autoridades americanas a dar explicação sobre suspeitas de corrupção e formação de cartel. A delação premiada em negociação no Brasil deve fornecer indícios para o caso no exterior. Toyo Setal (Estados Unidos). A empresa de capital brasileiro e japonês fechou acordo de leniência, no qual assume o pagamento de propinas, e passou a colaborar nas investigações da Lava-Jato. Como a Toyo tem unidades nos Estados Unidos, isso já é suficiente para ser questionada no País.

Nos últimos anos, gigantes globais foram acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro e: Os maiores casos: Siemens (2008). O caso: entre 2001 e 2007, a gigante industrial alemã pagou 1,4 bilhão de dólares em propinas para funcionários de governos de 34 países –incluindo o Brasil. A multa: 1,6 bilhão de dólares. Vimpelcom (2016). O caso: a empresa holandesa de telecomunicações, por meio de sua subsidiária no Uzbequistão, pagou 114 milhões de dólares em propinas para oficiais do governo do País de 2006 a 2007). A multa: 795 milhões de dólares. SBM (Holanda e Estados Unidos). A companhia holandesa de leasing de plataformas de petróleo fechou acordo de 240 milhões de dólares na Holanda para encerrar investigação de pagamentos de propinas no Brasil e em outros países. Nos Estados unidos, o caso ainda está em aberto. Engevix (Estados Unidos. O dono da construtora, Gerson Almada, confessou ter pago 120 milhões de dólares a um lobista – crime que lhe rendeu 19 anos de prisão. Ao usar a moeda americana para pagar propinas, a empresa pode ser acionada na justiça americana. Alstom (2014). O caso: a empresa francesa foi acusada de subornar autoridades de países como Indonésia e China para ganhar contratos de fornecimento de equipamentos de energia. Multa: 772 milhões de dólares. “A Petrobras não é vítima” Para o ex-procurador americano Richard Smith a estatal pode sofrer uma das maiores multas da história da Lei Anticorrupção. Bem que merecia. O povo brasileiro está envergonhado e não acredita mais em seus representantes políticos, pois a maioria tem o rabo preso e ganância por dinheiro fácil. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI-JORNALISTA-MEMBRO DA ACE- DA UBT- DA ALOMERCE E DO PORTAL CEN (LUSO- BRASILEIRO)