Meu Diaríssimo Semanalístico
Sábado- Penso o que fazer do meu outono. Bem mais do que uma estação é uma fase da vida que prenuncia o inverno.
Domingo- É dia de lasanha com frango assado e de dormir. A gente acorda rola na cama de um lado para o outro. Torna a dormir, acorda de novo, olha para um lado, olha para o outro, dorme de novo e nesse vai e vem não vê a manhã passar.
Segunda-Feira - É dia de muita alegria, pois a gente lembra a aposentadoria e que não precisa trabalhar.
Terça-Feira- É o dia da insegurança, o jornal traz, bem cedo, as falcatruas do dia e as novas leis para nos dar o calote nas finanças.
Quarta-Feira- Passa num suspiro. O horóscopo me diz que alguém que parecia estar perdido para sempre, retornará, alimentando grandes esperanças.
Quinta-Feira- O horóscopo me diz ao contrário. É melhor “ficar de olho”, porque o emocional está péssimo. Com medo do futuro vou consultar uma taróloga.
Sexta-Feira- O dia da taróloga. Parte às cartas reparte às cartas, me olha e balança à cabeça. Esfrio. Minhas mãos gelam. Ela me diz que a possibilidade de encontrar alguém é remotíssima.
Aí me lembro que o sábado está chegando e um churrasco também. Quem sabe? Não se pode confiar muito nas cartas.