Uma companhia.
Esses dias estou completamente cabisbaixa. A vida meu deu açoite, eu amuei. Nessas horas a cabeça abaixa, os olhos procuram algo, apesar de nada enxergarem, e os ouvidos ficam mais aguçados. Nos abrimos pro externo, porque dentro já transborda e exala por ai.
O dia e as pessoas passam a merecer mais atenção, para enfim serem novos, novamente. Só pra perder o tépido.
Depois de um dia enfadonho de chuva e correria, vou te ver, na tua faculdade. Conversamos muito pouco, e o pouco que conversamos não nos serve de muita coisa.
Vou no seu carro. Nem o motor e nem a chuva tiram nosso silêncio. Segue bem confortável, mesmo assim.
Ao chegar na tua casa, algo de comum acordo é posto para tocar. É só o que de fato tira nosso silêncio.
Outro amanhecer de chuva. Dá pra ver muito verde da sua janela. Eu só me sinto ainda mais calma e muito bem.
Obrigada, amigo. Nós trocamos nada e tudo, ao mesmo tempo.
Tua companhia parece colo.