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Estou surpreso por estar hoje aqui, e essas palavras poder escrever, há tempos eu tenho estado distante, não havia motivos para crer que pudessem sentir falta, e na verdade não há. Hoje me encontro no auge de todos os embates, e já estive aqui uma vez, mas não era tão fraco e covarde, consegui suportar.

Enfim, vocês já pegaram um livro, e o folhearam, e perceberam que às páginas passavam rapidamente? Aquele movimento que todo leitor voraz faz? Bem, meu pensamento é assim, tem a mesma velocidade, mas hoje dói, arde, e parece que não tem fim, e não tem.

E de fato não poderia ter, esse problema não é de ninguém, não poderia ser de você ou de alguém, alguém que não seja de mim, mas por favor, quem é quem? E quem não é?

Eu sou agora uma máquina, pode até ser de pensamentos, não vejo problema, mas lamento ao saber que às maquinas não sentem nada, e que às vezes dão defeito, talvez eu precise de conserto, ou talvez nem isso às vezes uma máquina tem.

Se alguém pode me consertar, por obséquio me devolvam o prazer, aquele que eu tinha ao ler, que potencializavas ao beber, e eternizava ao escrevinhar.

Se alguém me pode ouvir, e queira consertar-me, por favor comece logo por onde esse mar de pensamentos acabe, e ainda que não acabe, mas que reduza minha jornada ao pensar. Do contrário, de tanto pensar em ininterruptas madrugadas, algumas peças não possam mais ser trocadas, e não haja jeito ou conserto, e por mais que possa ser substituído, haverá danos e desgastes no que eu costumava desempenhar.

UIL

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 24/03/2017
Reeditado em 24/03/2017
Código do texto: T5950316
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