A vida do poeta
A VIDA DO POETA
Quem pensa que a vida do poeta é repleta, se engana. Entre um poema e outro, o poeta se alimenta de vazio. E agora? É a pergunta mais frequente que o poeta se faz.
Esse vazio é coberto de hera e flor, perfumado com o olor das palavras que o poeta pensa, enquanto divaga e cria. Não se trata de tédio, nem de cansaço (às vezes, pode estar mesmo cansado de sua criação), mas de um trabalho constante de garimpo atrás de uma pepita de ouro, ou de uma gema preciosa.
O poeta só descansa mesmo quando conversa com outro poeta, ou quando lê a poesia de alguém muito talentoso, por que o poeta não se engana, ele é só o construtor de uma cidade de sonhos e de imagens poéticas.