A n a r q u i a
O mundo é dos mais espertos,
Já diz o velho ditado,
Não pense que é sempre assim:
O rio dá muitas voltas,
Meu Deus que será de mim?
Faça-se a tua vontade,
É um intento de todos,
Em todo e qualquer lugar.
A audácia me subestima,
E isso tem que melhorar.
É astuto e sorrateiro,
De um desejo incomum,
Que me deixa incomodado.
Fazendo o povo de trouxa,
Com uma cara de abestado.
Com cinismo disfarçado,
Lobo em pele de cordeiro,
Cara de santo encarecido.
De santo não se tem nada,
Tem é cara de bandido.
Num cenário deplorável,
Ínfimo de imundo covil,
Se constrói o que fazer.
Parecendo urubuzada
Distorcendo o proceder.
A mídia escandaliza,
E não adianta arredar,
Está mudada por inteiro.
É um furdunço danado
Que envolve o brasileiro.
Isso tudo me assusta,
E até onde vai parar,
O engodo ao cidadão?
Não aceite esse papinho,
Só tem cara de armação!
Não devo me estender,
Nessa lamúria abusada,
Pois a coisa tá fedida.
Não lamente o que se foi,
Nas desventuras da vida!
O sujo mais sujo ainda,
Já tá ficando assustado.
E aos poucos enroladinho.
O sol vai nascer quadrado:
Tenha pena do bichinho!
Fala muito e fala bem.
Engana com simpatia.
É um caso complicado.
E o povo está fadado
A corrigir esta anarquia!