CARNE FRACA
Carne Fraca
21mar17
Saudade do tempo em que “carne fraca” era apenas uma desculpa para um “pular de cerca”.
Mas hoje se pula a cerca da ética, da retidão do caráter ou da honradez. Os valores materiais estão em patamares inatingíveis pelos valores morais. Os "quinzinhos" que eram as propinas das décadas de 60 ou 70 de míseros contratos de serviços feitos pelos poderes públicos hoje são ridículos trocos em moedas, centavos perante as estratosféricas quantias que nos roubam a cada dia.
Novamente culpo a cultura do “politicamente correto” onde nos amordaçam quando queremos, por brincadeira ou sinceridade, explicitar nossos sentimentos ou impressões. Queremos o poder que hoje é delegado somente a imprensa, o poder da liberdade de expressão, senão continuaremos levando esta vida de gado, ops olha a carne fraca aí gente.
Temos que quebrar a inércia em que nos mantemos e que destrói uma nação que tem como lema a ordem e o progresso. O abismo é fundo e a vaca já foi para o brejo. Então que em seu sitio mais profundo permaneçam os fracos e que no ápice apareçam os fortes e capazes de moverem as montanhas.
Queremos a substituição dos “parlamentares” pelos “ouvidores” e que passemos a limpo toda a historia. Que a idade mínima para que nos tornemos eleitores seja de sessenta anos. Que se limite o número, o ganho e os gastos dos que detém o poder público. Que todas as pessoas sejam iguais perante a justiça. Que findem os privilégios. Que se considerem de forma diferenciada o ladrão de galinha daqueles que enchem de água a galinha para aumentar seu peso, pois o ladrão de galinha rouba para comer e os que enchem a galinha com água roubam de quem come.
Vamos parar de pensar com o umbigo. Vamos mudar as cores de nossa bandeira para um carmim, e antes que se tente elucubrar besteiras eu disse carmim e não vermelha, numa simples menção cromoterápica para nossos males, e que o lema nela transcrito seja progresso e ordem. Que o progresso seja para todos e que exportemos as carnes podres das mentes infectas que assolam nossa pátria para os quintos dos infernos para que tenhamos ordem.
Geraldo Cerqueira