O CAMINHO DO EMPREGO

A “modernização” traz consequências à vida social de muitas maneiras. Altera usos e costumes centenários, transforma o panorama num piscar de olhos e induz as pessoas a beberem, cada vez mais, de uma cultura escravagista viciante e irreversível. O pior é que, na maioria das vezes, todos se deixam enganar pelo brilho dos holofotes que interesseiros lançam sobre um produto ou serviço.

Voltando uns cinquenta anos, quando algumas raras mulheres fumavam e pouquíssimas usavam calças compridas, o mercado de trabalho foi invadido por elas. (Não vem aqui nenhuma entonação contra, e sim, a explanação do fato que ocorreu na época.)

Talvez tenha sido o primeiro abalo sério no mercado de trabalho. Muita oferta de mão de obra fez com que os salários caíssem. E levou um bom tempo para que esse mercado retornasse ao equilíbrio.

Nos últimos vinte e cinco anos, a evolução da “modernização” foi desastrosa. A tecnologia começou a metralhar os empregos em todos os ramos e setores. Os gerenciadores não mediram esforços para lucrar mais com menos empregados.

O próprio povo aplaudia a cada avanço tecnológico. E-mails substituindo a famosa carta. Máquinas agrícolas robotizadas tiravam empregos de dezenas de trabalhadores.

Assim, serviços que ocupavam centenas de pessoas, passaram a ser efetuados por apenas uma, às vezes, nenhuma. A própria máquina é a atendente. Como exemplo o caixa eletrônico, que faz de você um funcionário do banco sem remuneração. Um modelo notoriamente suicida.

O povo está sentindo que o preço pela implantação da “modernização” está ficando cada vez mais alto. E muitos buscam um atalho para fugir do caminho do desemprego.

A única “classe” que a “modernização” não atingiu foi a “política”. Porque desde a “Proclamação da República”, esta classe vem prometendo saúde, educação e segurança para a sociedade e até hoje não “conseguiu”... É preciso frisar que os impostos só foram aumentando ao longo desse próspero período tecnológico e as leis cada vez mais desrespeitadas. Portanto, é de bom alvitre que a classe política se "modernize", com urgência, inteligência e honestidade, para que o mercado retorne ao equilíbrio.

Visite: Blog O Plebeu