ODEBRECHT X CORRUPÇÃO

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Talvez o engenheiro e empresário catarinense, descendente de alemão Emílio Alves Odebrech, pioneiro do concreto armado no Brasil, falecido em 1962, nunca tenha imaginado que a empresa que fundara na Bahia, em 1923, depois de ter deixado seu emprego na empresa Isaac Gondim & Odebrecht, se envolveria no maior escândalo de corrupção do Brasil e da América Latina e que seus herdeiros continuariam praticando-a por mais de 80 anos dentro de governos dos países em que atuava como garantiu empresário Emílio Odebrechet ao ponto de prejudicar politicamente vários políticos. Durante o Governo Militar, quando os Batalhões de Engenharia e Construção do Brasil – BECs, comandado por militares, algumas empresas também começaram a ser contratadas. Andrade Gutierrez, Codrasa, Queiroz Galvão e diversas outras também começaram a criar seus impérios. Algumas dessas desapareceram e surgiram outras, mas não estou afirmando que cresceram com a mesma prática da Odebrecht.

Emilio Odebrechet, presidente do Grupo Odebrecht, ao defender o filho Marcelo Odebrecht, preso e cumprindo pena por determinação da Justiça Federal, confessou que a empresa sempre pagou propinas para todos os governos nos países em que atuava, em troca de contratos. A empresa foi obrigada a montar um departamento estruturado de contabilidade só para parar propinas, pratica negada no início das investigações da Lava Jato, até que fora presa a contadora do departamento e com ela foram apreendidas anotações com codinomes para os quais deveriam ser repassados os dinheiros lícitos e ilícitos para abastecer os Caixa 2 dos partidos. Depois das robustas provas apreendidas com a contadora, que revelou como funcionava todo o esquema a empresa decidiu colaborar com as investigações. A Operação Lava Jato foi iniciada em Brasília há 3 anos, com a prisão do doleiro Alberto Yousseff. Através de delações premiadas de executivos da empresa, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, apresentou 78 denúncias contra políticos de diversos partidos ao Ministério Público, titular da ação a partir de agora, dos quais seis são ministros do presidente atual Michel Temer. Eles possuem foro privilegiado para serem investigados, mas se forem condenados, serão exonerados do cargo. “Ou se dava para todos os partidos ou não se dava para ninguém”, disse EmÍlio Odebrchet, o presidente do Grupo Odebrecht, durante o depoimento a favor do filho preso e condenado.

No início, a perseguição era só contra o PT. Chamavam de PTrabalhas todos os que simpatizavam com os ideais sociais que defendia o partido. Não votei no PT, mas admito a coragem que a ex-presidente Dilma Rousseff antes de ser retirada do cargo, assinou a lei de delações premiadas e de leniência para as empresas, altruísta e necessária para o Brasil ser passado a limpo como exigem os eleitores de bem do país, que não aguentam mais custear a corrupção pública e com tantos e pesados impostos. .“Ou se dava para todos os partidos ou não se dava para ninguém”. No caso das delações premiadas homologadas pelo STF, ninguém escapou. Todos os partidos com maior ou menor frequência de doações, estão envolvidos nas delações.

A corrupção está corroendo o Brasil de dentro para fora e não duvido se do atual caos moral e ético, vir nascer uma nova ordem política, onde todos tenham seu espaço e o eleitor seja respeitado como nunca foi!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 15/03/2017
Reeditado em 15/03/2017
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