SE ELA NÃO EXISTISSE

Tudo seria um mundo frio e sem cor. Para todos os lados em que voltássemos os nossos olhos somente haveria secura e uma inevitável sede. Em tudo o que se tocasse não se teria brilho, apenas poeira e falta de fé nos que vivessem ali. Existiria apenas sombra, pois a visão estaria turva. O ambiente se apresentaria insípido e inodoro. Não se desfrutaria da imagem dos sonhos, nem algo para conversar, para se compreender e para se distrair. Nesse andamento insosso também se intui que palavras, como: carinho, atenção e visão não apareceriam mais nos dicionários. Aquele olhar vivo seria parte de um passado sem volta. Por conseguinte o inconfundível cafuné que fazia com que viajássemos na imaginação enquanto sentíamos aquelas unhas riscarem nossas cabeças e massagear os nossos cabelos parecem, no presente, apenas existirem nos filmes cinematográficos em 3D. Então o sorriso e aquela emoção hilariante também deixaram de existir, pois não há razão para que o coração bata tão forte, do que quando havia a presença dela. Que mundo é esse? O que aconteceu? Dormimos e quando acordamos nada mais é como antes!

As ideias anteriores demonstradas tratam da perspectiva do que poderia ser o mundo sem a presença física e atuante da mulher em meio à humanidade. Nós sabemos de um milhão de histórias que traduzem como foi difícil a batalha da mulher para ocupar os espaços que ocupa hoje em todos os continentes. Tudo o que ocorrera em meio a milhares de anos se deveu, sobretudo a inteligência singular que ela traz consigo e que nós homens poderemos demorar anos-luz para podermos acompanhar, isto é, se é que vamos alcançar tão alto nível de erudição! Isso não é apenas um galanteio a tão eminente importância inequívoca neste universo humano. Imaginemo-nos, homens, pais e filhos, o que será de nossas existências se não tivermos ao nosso lado uma forma de pensar e agir tão sublime e que contagia a todos; que envolve; que convence pelo olhar, pela palavra e pela postura que adota em todos os ambientes nos quais transita. Ela em todos os tempos foi assim – essa força, esse dom, essa magia que sabe fazer de tudo, às vezes calada, às vezes em altos tons de voz, às vezes suave e como uma seda torna tudo e a todos em uma nova roupagem, um novo tom ou em uma nova ideia.

O firmamento sem ela é totalmente insignificante e carente. Quantas vezes estivemos com dúvidas sobre qual decisão tomar ou mesmo ponderamos em abaixar a cabeça por um fato que pode ter nos tirado de nosso equilíbrio e ela vem e com seu jeito de alma, com espírito agudo, feminino e único, nos abraça, nos recosta em seu peito e ali parece que tudo se acalma; ali tudo parece entrar em órbita e quaisquer agruras parecem desaparecer naquele instante, pois o seu afago, a sua mão e o seu cheiro fez com que pudéssemos abrir a mente para novos desígnios, para nos fortalecer, para nos guiar em um caminho distinto do que estávamos tomando. E quando então vivenciamos uma alegria, seja pequena ou grande, seja uma realização, um objetivo conquistado e ela não diz nada, apenas volta seu olhar forte ao nosso e de lá saem algumas lágrimas que demonstram que ali ela está dizendo: “eu te falei que daria certo”.

Ela, a Mulher, como se traduz na Bíblia Sagrada, é portadora singular da marca da divindade. Possui jeito único de refletir, possui formas únicas de um ser humano, marca e beleza rara em que não há nada com que possamos comparar. Mulher, aquela que representa o sinal da Vênus, conforme a mitologia romana, que é remetida a deusa da beleza e do amor; que se equivale, na mitologia grega, a deusa Afrodite. Apreendemos então que a vida é muito mais quente e multicolor porque há a presença dela em nossa existência. A fartura e a abundância são latentes porque aquela que possui os símbolos da estrela matutina está em nosso meio e se empodera cada vez mais, demonstrando a sua sutileza, perspicácia e capacidade inigualável. Graças ao grande Deus, arquiteto do universo, nós não vivemos na utopia em que sempre é marcada pela falta, pelo que poderia ser, todavia permanecemos em um espaço brilhante, aromático e de luz irradiante da Estrela D’alva. E também por isso nos glossários, as palavras antes não ditas, por serem infindos os adjetivos declinados, já não cabem mais nas enciclopédias para descrever, caracterizar e conceituar a relevância extraordinária que a mulher ocupa na humanidade desde a mais tenra infância. Este planeta é mais íntegro porque ela está conosco, porque habita nosso lar e nos dá sentido para calcorrear a estrada com mais efervescência, com mais potência, com mais sentimento e emoção. Não mais transitamos idealizando, no entanto voamos elevados e bem acordados, experimentando o verdadeiro paladar deleitoso de viver, por que ELA está entre nós!