DOCES DA MINHA INFÂNCIA
Há….o que seria da vida se não existissem os doces? Quando criança eu frequentava muito o armazém do Seu Rafael ( um senhor baixinho e gordo ) que vendia arroz,feij!ão e outras coisas a granel.Lembro dos sacos desses produtos pousados no chão da venda. Minha mãe pagava as compras aos poucos,respeitando os valores que Seu Rafael anotava na caderneta. Essa venda ficava na esquina onde hoje é um bar / esquina do rock ( na Libero Badaró com Rui Barbosa) Antigamente,na esquina diagonal tinha a torrefação e, vizinha do Seu Rafael, na Libero Badaró,Dona Naninha,professora de latim.
Na venda do Seu Rafael tinha aqueles doces caseiros : batata,abóbora,maria mole,pé de moleque e uns pirulitos em forma de chupetinha ou cajú que vinham numa caixinha de papelão com brindes ( geralmente uma medalhinha ou um anel de pedra de vidro colorida ) Eu comprava os pirulitos por causa dos aneizinhos que eu colecionava na esperança de tirar um de pedrinha vermelha, porque sempre vinham os de pedrinha azul ou verde. Pirulito com anel de pedrinha vermelha era raro.
Minha geração cresceu com doces caseiros : goiabada dura ou mole,doce de abóbora, pudim e manjar branco feito em casa, balas de café feitas na pia da cozinha, doce de leite de tudo quanto é tipo ( mole,cortado em cubinhos, talhados / granulados e bala de coco. ) Na casa de algumas amigas da minha mãe, as vezes serviam pêssego de lata em caldas com leite condensado. Consumo caro,coisa de gente rica. Mas também existiam os doces vendidos na rua por personagens que ficaram na história : martelinho ( ou quebra queixo ) pirulitos na bandeja ( que arrancaram varias obturações de amálgama da minha boca ) paçoquinhas inesquecíveis, sorvetes ( adorava o de groselha que deixava minha boca e língua toda tingidas de vermelho )
Enfim…Taquaritinga sempre foi uma cidade que “cheirava” a doces. Quem não se lembra do cheiro da goiabada caseira do casal Ferrari ,que se espalhava por toda cidade ? Lembro de um manjar feito com creme mole, coberto com suspiro e ameixas pretas em calda. Esqueci o nome desse doce, mas outro dia comi dele lá na casa da Dona Nega Calil quando fui visitar a Sueli.
Balas e chicletes, eu também comprava numa vendinha lá em cima onde hoje é o bar do Tadao. Uma vez fui até lá com uma amiga comprar chicletes de bola ( ping pong ) Voltávamos felizes mastigando o chiclete quando minha amiga parou, e com cara de nojo começou a cuspir todo o chiclete mastigado na mão. Misturado á massa cor de rosa toda babada ,tinha uma asa de barata trincada pelas mordidas. Éca..! foi um horror. Ela limpava e esfregava a boca na camiseta e cuspia sem parar. Engraçado que - embora esse acontecimento tenha marcado minha memória - não consigo lembrar quem era a amiga que estava comigo.
Tive uma infância feliz e recheada de doces ( hoje pré diabética e cinco implantes de dentes )
kkkk …mas se não fossem os doces não existiriam lembranças,né ?
Maria da Penha Boselli* / 2017
Há….o que seria da vida se não existissem os doces? Quando criança eu frequentava muito o armazém do Seu Rafael ( um senhor baixinho e gordo ) que vendia arroz,feij!ão e outras coisas a granel.Lembro dos sacos desses produtos pousados no chão da venda. Minha mãe pagava as compras aos poucos,respeitando os valores que Seu Rafael anotava na caderneta. Essa venda ficava na esquina onde hoje é um bar / esquina do rock ( na Libero Badaró com Rui Barbosa) Antigamente,na esquina diagonal tinha a torrefação e, vizinha do Seu Rafael, na Libero Badaró,Dona Naninha,professora de latim.
Na venda do Seu Rafael tinha aqueles doces caseiros : batata,abóbora,maria mole,pé de moleque e uns pirulitos em forma de chupetinha ou cajú que vinham numa caixinha de papelão com brindes ( geralmente uma medalhinha ou um anel de pedra de vidro colorida ) Eu comprava os pirulitos por causa dos aneizinhos que eu colecionava na esperança de tirar um de pedrinha vermelha, porque sempre vinham os de pedrinha azul ou verde. Pirulito com anel de pedrinha vermelha era raro.
Minha geração cresceu com doces caseiros : goiabada dura ou mole,doce de abóbora, pudim e manjar branco feito em casa, balas de café feitas na pia da cozinha, doce de leite de tudo quanto é tipo ( mole,cortado em cubinhos, talhados / granulados e bala de coco. ) Na casa de algumas amigas da minha mãe, as vezes serviam pêssego de lata em caldas com leite condensado. Consumo caro,coisa de gente rica. Mas também existiam os doces vendidos na rua por personagens que ficaram na história : martelinho ( ou quebra queixo ) pirulitos na bandeja ( que arrancaram varias obturações de amálgama da minha boca ) paçoquinhas inesquecíveis, sorvetes ( adorava o de groselha que deixava minha boca e língua toda tingidas de vermelho )
Enfim…Taquaritinga sempre foi uma cidade que “cheirava” a doces. Quem não se lembra do cheiro da goiabada caseira do casal Ferrari ,que se espalhava por toda cidade ? Lembro de um manjar feito com creme mole, coberto com suspiro e ameixas pretas em calda. Esqueci o nome desse doce, mas outro dia comi dele lá na casa da Dona Nega Calil quando fui visitar a Sueli.
Balas e chicletes, eu também comprava numa vendinha lá em cima onde hoje é o bar do Tadao. Uma vez fui até lá com uma amiga comprar chicletes de bola ( ping pong ) Voltávamos felizes mastigando o chiclete quando minha amiga parou, e com cara de nojo começou a cuspir todo o chiclete mastigado na mão. Misturado á massa cor de rosa toda babada ,tinha uma asa de barata trincada pelas mordidas. Éca..! foi um horror. Ela limpava e esfregava a boca na camiseta e cuspia sem parar. Engraçado que - embora esse acontecimento tenha marcado minha memória - não consigo lembrar quem era a amiga que estava comigo.
Tive uma infância feliz e recheada de doces ( hoje pré diabética e cinco implantes de dentes )
kkkk …mas se não fossem os doces não existiriam lembranças,né ?
Maria da Penha Boselli* / 2017