A Jornada de um Professor em Busca de Sentido ("Quando se percebe que tudo é uma piada, ser O Comediante é a única coisa que faz sentido." — Eduard Blake, o Comediante em Watchmen)
Era uma vez, um professor que, cansado de ser desrespeitado, aprendeu a desrespeitar. Ele se tornou politicamente correto, valorizando nos outros o que não fazia sentido. Ele seguia todas as inovações ditadas por técnicos da secretaria da Educação em busca do bônus. Sua consciência já não doía mais. Ele se sentia comprado por preço de banana. Os alunos também se venderam pelo lanche e notas boas: nisso eram iguais.
Os que o mantinham o obrigavam a fazer coisas sem sentido, então agora ele era sem sentido. Talvez fosse sem sentido, ele desejar que você o amasse, sabendo que ninguém é sempre digno de amor verdadeiro. O que fazia sentido não dignificava tanto. Por que ele haveria de confiar em alguém que queria tirar vantagem sobre ele? Ele sabia que não existia justiça na guerra, todavia ela era o celeiro da paz. Isso também não fazia sentido. Greve de professor também não fazia sentido, ninguém tinha prejuízo, depois repunha. O imbecil sempre foi ele perseguindo a coerência. “A coerência é a virtude dos imbecis.”(Oscar Wilde)
Não fazia sentido prova de recuperação a alunos que desperdiçaram as oportunidades normais de seu curso! O aluno com média mínima para passar era dispensado da tal recuperação, podendo ostentar um histórico medíocre, enquanto o aluno aproveitador das chances exageradas do sistema educacional apresentaria notas mais altas no final de Ensino médio. Essas e outras injustiças aos bons alunos não passariam impunes, e o sistema teria de mentir duas vezes para sustentar a primeira mentira. Ainda havia quem chamasse essa improdutividade de critérios! E não passava de uma explosão em cadeia, enfeitando os retestes sobre o que só se parecia inovação. Sobretudo o amassar barro não levava a nenhum lugar.
Aí, ensinou-lhe Harvey Specter: “Ajuste sua estratégia com base na observação das reações emocionais das pessoas.” Agora parecia que tudo já fazia sentido, ver os clientes felizes era o que importava, mesmo que fossem os viciados em atenção, fazendo uma gracinha para lhe arrancar o último fio de esperança sem que ele percebesse. Se eles estavam felizes, ele continuava preenchendo diários de classe eletrônicos, planilhas e relatórios justificando-os como quem costura um remendo novo em uma roupa velha. Voltar ao passado também não fazia sentido. O que se abandonava não servia mais. Que se fizesse no sistema educacional somente o que fazia sentido.
Ele queria fazer sentido para a comunidade, pois procurava ver que sua atividade não era somente uma fonte de renda, mas que também contribuía para a sociedade em que vivia. Ele podia até ser um professor, mas estava disseminando um conjunto de coisas que faziam o mundo ser o que era. Ele sabia que tinha importância sim. E digam o que quisessem, ele não se deixaria levar por superficialidade.
Este dia, foi-lhe favorável aos estudos e nas relações com superiores, então ele estava aproveitando bem. Ser metamorfoseado lhe interessava muito. “O mundo está aos meus pés e as coisas fora do meu alcance.” (Wesley DAmico). Se eliminarem a coerência, os eventos passam a fazer sentido! Isso valia para as entidades tradicionais: família, igreja e escola.
E assim, ele continuou sua jornada, um professor em busca de sentido, navegando pelas águas turbulentas da educação, lutando contra a corrente, mas sempre com a esperança de que, no final, tudo faria sentido. Porque, no final das contas, o que realmente importa não é o destino, mas a jornada. E a jornada de um professor é sempre cheia de desafios, mas também de recompensas inestimáveis. Porque, no final das contas, o que realmente importa é a diferença que fazemos na vida dos outros. E isso, meus amigos, faz todo o sentido do mundo.