Fat Boy Ronaldo, we love you!

Fat Boy Ronaldo, we love you!

Só com essa afetuosa saudação é que consigo resumir o encontro de ontem à noite na V-8 - Esputaria, o must-point mais informal de BH. E El Gordito não fez por menos: à semelhança dos proclamas de casamento, anunciou diuturna e diligentemente aos quatro ventos todos os detalhes do evento que, galhardamente, anfitrionou. O nosso Presidente Vitalício que se cuide: seu cargo está a perigo.

Uma ligeira mas renitente confusão na interpretação das mensagens ronaldianas fez gente ir parar em Betim, sede da FIAT, e outros, mais além. Como foi o meu caso, que, mesmo sem boca, fui a Roma e cheguei a convidar o Papa Chico, o eterno craque-traque romanista Totti e até a Prefeita de Roma, Virginia Raggi para a festa de arromba. Deixei-os todos babando na cidade dos Césares quando à última hora descobri que o paraíso é mesmo aqui.

Uma das mais gratificantes surpresas da noite foi o fato do Duzinho, aniversariante da hora, ter trazido sua graciosa filha - justamente para lhe mostrar as companhias que deve evitar...

Nosso Presidente desta vez, enquanto fazia o levantamento das presenças foi interpelado pelo Senador Lucius Flavius se aquilo não seria manobra minha de, domesticamente, justificar minha participação, enquanto, na verdade, estaria degustando uma comidinha japonesa...

Repeli, e jurei prestar gueixa, além de desafiar o nobre confrade para um duelo de sumô! Afinal, nossos salientes, e já pendentes, abdômens já o justificam.

Música não houve, nem se ouviu, pois a azáfama do tráfego e os impulsos vocais etílicos da muchachada não permitiriam. E a maioria dos diálogos foi

a boca pequena - mesmo os saudosos de Ricardo Bocão, ou de Antônio, el Boca, arqueiro inexpugnável do time do Zé Tavares.

Os respeitados e sempre presentes clãs Chaves, Bécaud, Fifi e Galvão, para citar alguns, corroboraram o que deles sempre se espera: beberam todas, gota a gota. E naturalmente traçaram o divino espeto que o grande Ronaldo já provara e aprovara. O singular, que é sempre plural, Marcondes, jamais ausente, registrou a sua provável centésima presença afiada e antenada perante a guaparia extasiada.

El Rachid, das Arábias, embora amigo do peito e do preito, foi por mim duramente admoestado por haver deixado desamparada, ao sabor das intempéries, a sua Ferrari Testarossa, quando partiu, atabalhoadamente dos Emirados Árabes desUnidos só para prestigiar o amigo Ronaldo...

O simpático e numeroso clã dos Picões foi que não deu o ar de sua graça desta vez, mas vamos cobrar...Garrafa cheia não podemos ver sobrar...

Ao longo do consumo de uma mera garrafinha long neck de cerveja, tive a felicidade e quase o entendimento de ouvir, de graça, um tutorial de Marcelo Spray sobre o mercado financeiro. Ainda hei de descobrir o que vem a ser uma promissória...

Os primos Campos e Guimarães, continuam a ser os meninos da Rua Padre Belchior, em teor altamente ético-etílico. Pena que não tenham logrado ampliar essa representação com os meninos do Valdir, do Waldemar, do Zilu, do Paulim, do Malheiros Fiúza, do Dr Scapolatempore, do Hélio Campos, do Coelho Mourão, do Megale, do Alberico...

E entre tantos Paulos, deu-nos a honra do comparecimento, en civil, o grande Coronel Praxedes, que, se não chegou a provar dos biscoitos de Tifina, bebeu, de Pitangui, a enfeitiçante água de mina.

E o Daqui de Pitanguy, por meio de seu quarto mosqueteiro Vandeir, que representa também toda povoação de Big Field (Campo Grande) sinalizou sua presença, mas desta vez sem o detector de metais preciosos. O ouro, afinal é só nosso.

Ao fim e ao cabo, o único sóbrio da noite, Rogério Caldas, foi tomar a saideira na Boate Azul.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 10/03/2017
Reeditado em 10/03/2017
Código do texto: T5936519
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