ENCONTROS E DESENCONTROS
 
Quando escrevemos sem nenhum compromisso, com nada e nem ninguém, queremos mais é invadir nosso pensamento que está cansado de pensar o mesmo de sempre, gerando um certo vazio pois não é uma resposta o desejado. É apenas uma reflexão. Pois pensar e sentir é quase independente  de nós mesmos.
Na verdade refletimos, e esperamos nesta reflexão, uma espécie de resposta. É algo da gente, da nossa natureza humana.
 Afinal, nós somos o bom e o mau de nós mesmos.
Agora mesmo, passei por um vaso grande na área dos fundos, onde fui colher uma água filtrada em garrafinhas para por a gelar na geladeira.
No "en passant" vi que as mudas de cebolinha verde que eu plantara e que  estavam agradecidas pela água e cuidados do todo dia e que davam prazer de ver seu desenvolvimento, vi que tinham sumido. Ou seja, foram eliminadas pelo meu filho, o dono  da casa. O meu ato em plantar não agradou a ele, a ponto dele não resistir em arrancar e jogar no lixo aquelas que iam ser um ótimo tempero. Tão pequeno deslize para ele, eu não iria notar, por certo foi seu pensamento. E, na verdade foi grande desaponto meu. Era uma pequena alegria criada por mim mesma. Feito criança que brinca.
Se a gente não se cuidar, pode-se  ter grandes aborrecimentos e surpreendentes. Estou com um sofrimento à flor da pele , colhido recentemente, por encontrar um e-mail para o meu filho no meu Yahoo. Feito pela irmã dele e posto no meu espaço.
Nele, de autoria de minha filha mais velha de 46 ou 50 anos, afastada de mim há muitos anos, por ocasião do meu divorcio com o meu marido, ela preferiu ir morar com o pai, para minha surpresa, pois nós duas éramos um puro e grande amor de mãe e filha. Nós adorávamos uma à outra e foi filha única por cinco anos. Era tudo para mim, pois o casamento foi uma lástima. Esta filha foi viver com o namorado na casa da mãe dele. Os anos rolaram, nasceram dois netos lindos e ela nunca deixou que eu me aproximasse. Este acontecimento muito me surpreendeu, mas consegui dar a ele uma devida medida para eu não ficar destruída.
Voltando ao e-mail, nele ela diz ao irmão, para que eu não receba herança que me cabe por morte do meu marido, e pai  dela. Que tal parte deva ser repartida para os três filhos meus. E tece um julgamento do meu procedimento enquanto viveu afastada de mim, sem nada saber e nem trocar comigo, ou até me ajudar. No meu divorcio tive uma pensão alimentícia que não dava para pagar o condomínio do meu apartamento. Enfim ela estava por fora e nunca se interessou pela mãe e nem pelos irmãos . Fui viver no meu sitio por cinco anos, por falta de dinheiro
A morte do pai já faz cerca de dez anos ou mais. E descubro agora que o inventário não andou por ela ter obstruído a ação do advogado, e bem como qualquer atitude por parte dos dois irmãos.
 Tentei a compreensão de um amigo e o botei à parte desta questão. Mas ele não teve sensibilidade em avaliar o mal que esta filha está me fazendo. Ainda o incomodei e foi lamentável de minha parte. Afinal, nossos problemas são só nossos. Mas  escorreguei e confiei nele como um amigo.
E assim rolam nossos dias de viver, nem sempre como desejamos.
 
MLuiza Martins