Já não podemos dizer nada

Ninguém deve calar ante às injustiças, mesmo aquelas praticadas contra nossos desafetos. Injustiça é um absurdo, uma aberração, uma violência, e priu. Parta de onde partir, mesmo que seja travestida da fantasia da "legalidade".

Que fique claro que a omissão da sociedade, principalmente de pessoas que batem no peito se dizendo cristãs, mas que se omitem ante às injustiças, é não só uma canalhice mas conivência com a injustiça, com a truculência e com o fascismo fantasiado de autoridade. Refiro-me a prisões, invasões, julgamentos e condenações baseadas em ilações, literatura jurídica e o tal domínio do fato, na vontade de única de perseguir e condenar sem provas, levando não só oas vitimas mas suas famílias ao desespero. É preciso provas cabais e nunca julgamentos e decisões baseadas em ilações.

Sou absolutamente contra a corrupção, seja ela praticada pela direita, esquerda, centro u quaisquer tipos de grupos políticos. Mas entendo que não se pode sem provas cabais e inequívocas prender, julgar ou condenar.

Sempre que constatato um atentado à liberdade e uma espetacularização visando à desmoralização de alguém, uma ação sem motivos claros e prisão dem provas cabais, eu penso no fascismo e na ilusão dos que batem palmas à violência. Deviqam reler os versos de Eduardo Alves da Costa: "Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim/ e não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem: pisam nas flores, matam nosso cão/ e não dizemos nada./ Até quer um dia/ o mais frágil deles entra na nossa casa/ rouba nossa luz, arrancam-nos a voz da garganta/ e já não podemos dizer nada".

O fascismo nasce da omissão da sociedade ante os arreganhos da violência. Todo cuidado é pouco. Ofascismo não poupa ninguém, absolutamente ninguém. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/03/2017
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