Roma e eu
1. Quem visita Roma, nunca deixa de comprar um postal do Coliseu, um postal do Vaticano, e um postal da loba romana. Nas três vezes que por lá estive, para não fugir à regra, comprei os três.
2. O postal da loba é o que mais me sensibiliza, apesar da minha manifesta simpatia pela Sé petrina.
Mais, agora, que estou terminando de ler a Basílica de São Pedro - Esplendor e escândalo na construção da catedral do Vaticano, um excelente livro da escritora R. A. Scott.
3. Fica-se sabendo, entre outras coisas, da rivalidade que existiu entre Michelângelo e Donato Bramante, este finalmente escolhido pelo Papa Júlio II (1503 a 1513), o il pontifice terribile, o arquiteto oficial do palácio papal.
Por isso foi-lhe confiado o projeto de construção da nova Basílica de São Pedro.
4. Mas até Júlio II, acolhendo o projeto de Bramante, lançar a pedra fundamental da nova Basílica, atritos, inveja, cobiça e cenas de ciúme envolveram a Cúria romana e os artistas e arquitetos que rondavam o Vaticano.
Naquele momeno, a Sede Pontifícia vivia momentos de intensa turbulência, diz o livro de Scott.
5. Voltando à loba. Como esquecer a lição de solidariedade que ela nos deixou? Encontrando os recém-nascidos, Rômulo e Remo, abandonados nas margens do rio Tibre, podia, seguindo seu instinto de animal predador, tê-los devorado.
6. Que fez ela, então? Generosa, ofereceu-lhes suas tetas. E os gêmeos nelas mamaram, até serem resgatados pelos pastores que perambulavam nas proximidades do milenar rio italiano.
7. Para alguns escritores, a história de Rômulo e Remo nada mais é do que uma bela lenda. Chegam a dizer que tudo não passa de uma romântica invencionice.
8. Invencionice ou não, o certo é que ninguém bolou melhor e mais doce história para contar a origem de uma cidade do que os romanos.
9. E o romantismo começa com o nascimento de Rômulo e Remo. Os gêmeos seriam frutos da união da vestal Réia Sílvia com Marte. Um conúbio que não podia acontecer, posto que, como vestal, Réia teria que se manter virgem...
10. Mas a vestal, filha do Rei Numitor, apaixonada, contrariou as normas do seu país e do seu credo, e, à beira de um lago, teve seu momento de amor com o "irresistível" Marte.
11.Sua rebeldia irritou seu tio Amúlio, que não se dava com Numitor, seu pai. Para se vingar do irmão, Amúlio castigou Réia Sílvia, condenando seus filhos à morte.
12. Determinou que ambos fossem lançados na correnteza do Tibre; e só não morreram afogados porque os deusis não permitiram.
13. Remo, dizem os livros, morreu tempos depois, em combate. Rômulo sobreviveu para fundar Roma, em 753 a.C., data convencionada.
14.O que eu quero dizer é que, nessa história toda, envaideceu-me saber, que por força do meu signo zodiacal - eu sou um pisciano - estou, indiretamente, ligado ao nome dado por Rômulo à Cidade Eterna!
15. Reparem. O nome Roma resultou de uma consulta que dois sacerdotes etruscos, atendendo a um pedido do seu fundador, fizeram "às entranhas dos peixes".
Acho que é por isso que gosto tanto de Roma.
1. Quem visita Roma, nunca deixa de comprar um postal do Coliseu, um postal do Vaticano, e um postal da loba romana. Nas três vezes que por lá estive, para não fugir à regra, comprei os três.
2. O postal da loba é o que mais me sensibiliza, apesar da minha manifesta simpatia pela Sé petrina.
Mais, agora, que estou terminando de ler a Basílica de São Pedro - Esplendor e escândalo na construção da catedral do Vaticano, um excelente livro da escritora R. A. Scott.
3. Fica-se sabendo, entre outras coisas, da rivalidade que existiu entre Michelângelo e Donato Bramante, este finalmente escolhido pelo Papa Júlio II (1503 a 1513), o il pontifice terribile, o arquiteto oficial do palácio papal.
Por isso foi-lhe confiado o projeto de construção da nova Basílica de São Pedro.
4. Mas até Júlio II, acolhendo o projeto de Bramante, lançar a pedra fundamental da nova Basílica, atritos, inveja, cobiça e cenas de ciúme envolveram a Cúria romana e os artistas e arquitetos que rondavam o Vaticano.
Naquele momeno, a Sede Pontifícia vivia momentos de intensa turbulência, diz o livro de Scott.
5. Voltando à loba. Como esquecer a lição de solidariedade que ela nos deixou? Encontrando os recém-nascidos, Rômulo e Remo, abandonados nas margens do rio Tibre, podia, seguindo seu instinto de animal predador, tê-los devorado.
6. Que fez ela, então? Generosa, ofereceu-lhes suas tetas. E os gêmeos nelas mamaram, até serem resgatados pelos pastores que perambulavam nas proximidades do milenar rio italiano.
7. Para alguns escritores, a história de Rômulo e Remo nada mais é do que uma bela lenda. Chegam a dizer que tudo não passa de uma romântica invencionice.
8. Invencionice ou não, o certo é que ninguém bolou melhor e mais doce história para contar a origem de uma cidade do que os romanos.
9. E o romantismo começa com o nascimento de Rômulo e Remo. Os gêmeos seriam frutos da união da vestal Réia Sílvia com Marte. Um conúbio que não podia acontecer, posto que, como vestal, Réia teria que se manter virgem...
10. Mas a vestal, filha do Rei Numitor, apaixonada, contrariou as normas do seu país e do seu credo, e, à beira de um lago, teve seu momento de amor com o "irresistível" Marte.
11.Sua rebeldia irritou seu tio Amúlio, que não se dava com Numitor, seu pai. Para se vingar do irmão, Amúlio castigou Réia Sílvia, condenando seus filhos à morte.
12. Determinou que ambos fossem lançados na correnteza do Tibre; e só não morreram afogados porque os deusis não permitiram.
13. Remo, dizem os livros, morreu tempos depois, em combate. Rômulo sobreviveu para fundar Roma, em 753 a.C., data convencionada.
14.O que eu quero dizer é que, nessa história toda, envaideceu-me saber, que por força do meu signo zodiacal - eu sou um pisciano - estou, indiretamente, ligado ao nome dado por Rômulo à Cidade Eterna!
15. Reparem. O nome Roma resultou de uma consulta que dois sacerdotes etruscos, atendendo a um pedido do seu fundador, fizeram "às entranhas dos peixes".
Acho que é por isso que gosto tanto de Roma.