FEMINISMO
FEMINISMO
Ser Feminista não é simplesmente ser do contra. Ir na contramão da sociedade. Ser feminista é ter consciência da própria vida e do seu sexo. Assim como a palavra sexo é a palavra que serve para designar o gênero e não nome do ato sexual, feminismo não é sinônimo de misandria. Ser feminista não é odiar os homens. Não é uma patologia. É um estado de espírito elevado. Para ser feminista é necessário ter muita coragem. Segurança e desenvoltura. É necessário ir à luta com determinação e não temer a própria sorte.
Não é se despir e ir para passeatas, não é bradar aos quatro ventos o direito ao aborto.
Não é se basear na Lei Maria da Penha e desacatar o companheiro com a certeza de que ele não poderá calá-la pela força. Não é se vingar dele e fazer uma ocorrência de violência doméstica quando na verdade ambos se violentam e se desrespeitam diuturnamente por motivos fúteis que jamais conseguirão entender ou explicar. Mas saber se defender e, se preciso, usar as leis, para afastar o perigo de um relacionamento doentio, livrando-se totalmente de tal patologia.
Ser feminista não é se prostituir ou pretender ser sustentada por um homem com quem foi casada ou ainda é. Não há muita diferença da prostituição quando uma mulher está impedida ou não quer promover seu próprio sustento através de seu trabalho remunerado, para isso vivendo às custas de um homem que, de certa forma, se sentirá seu dono. Certidão de casamento não é Nota Fiscal!
Ser feminista não é cometer os mesmos erros e desatinos masculinos.
Ser feminista é ser superior a tudo, inclusive as próprias fraquezas inerentes ao seu sexo. Ser feminista - olhe para seu jardim - é ter a candura de uma rosa, o perfume do jasmim, a delicadeza do hibisco a força, energia e maleabilidade de uma bouganville, a garra da unha de gato, os tentáculos da glicínia, da flor de cera, da jalapa do campo e outras deslumbrantes trepadeiras. Não é ser IGUAL aos homens. É SER DIFERENTE dos homens e da maioria das mulheres. É superar-se. É ser superior sem perder a humildade, é ser forte sem perder a delicadeza, é ser senhora sem ser casada, é ser respeitada por um olhar, ser amada quando falar e saber aceitar ser odiada pelos que pensam diferente e impor os limites aos pobres mortais ignorantes.
Ser feminista não inclui choros por amores incompreendidos ou perdidos, para obter coisas dos homens, fazê-los fiéis e mais apaixonados. Para ela amor incompreendido é amor inexistente e amor perdido é perdido. Homem fiel é fiel e infiel é infiel, não são as suas lágrimas e gritos que vão produzir o milagre de uma mudança, e mais apaixonado ele só ficará se ela for mais poderosa e senhora de si. Mulheres feministas não precisam obter nada de homem nenhum. A generosidade financeira deles também não interessa a elas.
Ser Feminista é deixar o homem livre, tão livre que ele possa voltar todos os dias para os seus braços. Ser feminista é não precisar de um homem. É querer amar um deles e escolher bem o objeto de seu amor. É saber amar-se a si própria e viver bem em sua própria companhia. Ser feminista é ter orgulho, ter dignidade, ter amor próprio.
Ser feminista é ter independência financeira, psíquica e moral para não se submeter a homens infiéis, incompreensíveis, misóginos e pouco apaixonados, é poder dizer não ao aborto porque vai escolher o momento certo e o homem certo para ter os seus filhos e vai poder criá-los com ou sem homem ao seu lado.
Ser feminista é respeitar, acima de tudo, a outra mulher. Ter compreensão e compaixão pela mulher que é igual a ela, fisicamente frágil; sangra uma vez por mês, com direito à cólica e náusea; que para cada filho passa nove meses grávida e mais ou menos cinco anos dormindo pouco e atendendo o filho em todas as necessidades dele, e o resto da vida se preocupando e cuidando de todos os filhos que tiver.
Se todas as mulheres fossem verdadeiramente feministas o aborto seria extinto da TERRA;
A infidelidade masculina seria coisa do passado, pois não haveria parceira para cometê-la e se, usando de mentiras e artifícios, o infiel conseguisse seu intento o divórcio o esperaria certamente e, entre as mulheres, ele seria mal visto. Nunca mais se casaria. Talvez, se ele fosse muito agradável aos olhos, seria, vez ou outra, diversão para as solteiras.
E, acreditem em mim, os homens precisam muito mais de se casar do que as mulheres! Nós só precisamos de amor e prazer e eles precisam de tudo. Um homem sozinho se perde no emaranhado de confusão e sujeira que fazem e são incapazes de arrumar. Aí está o grande motivo por que eles, historicamente, tentam escravizar as mulheres. Não sabem viver sozinhos porque não são autossuficientes e ainda precisam dar satisfação à testosterona que produzem, além de toda a liberdade sexual da qual eles se presentearam e nos privaram, através da religião e costumes sociais que os beneficiam e nos prejudicam substancialmente.
De toda esta cruel dissertação o que restou?
Que não existem feministas e sim umas poucas batalhadoras, que compelidas escolheram lutar. Como costumo dizer: herói é aquele que não conseguiu fugir!;
Que há uma grande mentira sobre a fragilidade do sexo feminino;
Que as mulheres são tão machistas quanto os homens, vez que não respeitam totalmente as outras mulheres e pouco se importam com o que lhes aconteça;
Que a nossa sociedade não sabe bem o significado de prostituição;
Que as mulheres trabalham demais e ainda têm direitos de menos;
Que os anos e anos vividos sob o jugo machista fez uma lavagem cerebral nas mulheres que é passada de geração para geração e todas continuam presas nos velhos costumes e um deles é a mulher depreciar, odiar e competir com a outra ao invés de ajudá-la a crescer e descobrir o seu verdadeiro lugar na sociedade, na religião e principalmente em sua família;
Que as novas mulheres estão totalmente perdidas nesta Velha Sociedade que insiste em continuar viva!
07/03/2017
Rosângela Laurent (Novas Mulheres na Velha Sociedade)