Olga Benário Prestes: Destino de mulher?
Texto escrito em 21/10/2010
Quando a casa de Luís Carlos Prestes e Olga Benário Prestes foi invadida, instintivamente Olga protegeu Prestes com seu corpo, colocando-se na mira dos policiais.
Muitas vezes me interrogo: será este, irreversível, no real palpável ou no real simbólico, o destino de toda mulher que ama, deveras, o seu homem? Será toda mulher antes de tudo, mãe? Mãe de seus filhos, mãe de seus homens, mãe de seus pais, mãe de seus irmãos... algumas, mães de comunidades inteiras?
Colocar seu corpo, sua alma, seu verbo, seu silêncio, suas renúncias, suas desistências, suas contradições, seus impasses, também suas conquistas a serviço da proteção do Amado, seja ele o homem amado, seja ele um filho... seja ele um ideal para o mundo, seja ele um Deus, é esta, em suma, a função efetiva e maior para qual cada mulher vem à luz, função que, mais cedo ou mais tarde lhe bate à porta, a despeito de todas as liberdades para o seu sexo conquistadas à custa de muita luta e de muito sofrimento? É este, enfim, o de mãe, o seu verdadeiro e inalienável destino, fado do ser-mulher, ou tal presente escrito não passa de discurso perfeitamente obscurantista?
21 de outubro de 2010.
Muitas vezes me interrogo: será este, irreversível, no real palpável ou no real simbólico, o destino de toda mulher que ama, deveras, o seu homem? Será toda mulher antes de tudo, mãe? Mãe de seus filhos, mãe de seus homens, mãe de seus pais, mãe de seus irmãos... algumas, mães de comunidades inteiras?
Colocar seu corpo, sua alma, seu verbo, seu silêncio, suas renúncias, suas desistências, suas contradições, seus impasses, também suas conquistas a serviço da proteção do Amado, seja ele o homem amado, seja ele um filho... seja ele um ideal para o mundo, seja ele um Deus, é esta, em suma, a função efetiva e maior para qual cada mulher vem à luz, função que, mais cedo ou mais tarde lhe bate à porta, a despeito de todas as liberdades para o seu sexo conquistadas à custa de muita luta e de muito sofrimento? É este, enfim, o de mãe, o seu verdadeiro e inalienável destino, fado do ser-mulher, ou tal presente escrito não passa de discurso perfeitamente obscurantista?
21 de outubro de 2010.