OS TROTES TELEFÔNICOS !
Por: JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA
Trote telefônico é uma espécie de sátira imbecil, que se concretiza mediante uma ligação telefônica feita por alguém de cabeça vazia, desprovida de lucidez ou com a cabeça cheia maconha, cocaína ou qualquer tipo de drogas associadas ao alcool com o intuito de ludibriar ou curtir com a cara de uma pessoa, física ou jurídica, desconhecido ou não, em qualquer dia, por pessoa que se faz passar por outra ou não se identifica.
E por falar em alcool, tem muito carinha metido a esperto e a gozador que quando bebe além da conta, vira "menina" e no dia seguinte ele faz de conta que não se lembra de nada do que fizeram com ele.
O trote é tido como uma brincadeira de mau gosto, também mais sacana do mundo que teve origem com a popularização das telecomunicações no final da Guerra Fria, com muito mais frequência após a invenção do telefone celular em 1973, o que tornou o telefone o veículo de comunicação mais popular da atualidade.
Em se tratando de trotes a empresas, os que mais afetam a população são frequentemente identificados às empresas públicas, especificamente em serviços de emergência,
como 190 COPOM - Centro de Operações da Polícia Militar, 192 SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, 193 SIATE - Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência, entre outros.
As chamadas identificadas como trotes nos serviços de emergência são de grande frequência, devido ao fato de serem gratuitas. No entanto, a ligação que tem como teor falsa ocorrência, tem duplo prejuízo à população, tais como: a) uma pela falsa sensação de gratuidade, já que a conta é paga pelos cofres públicos que tem seus recursos
financeiros provindos dos tributos arrecadados pela população e revertidos à sociedade em forma dos bens e serviços públicos, como: segurança pública, saúde, educação,
justiça, sistemas de transportes, saneamento etc. que paga a conta subsidiariamente; b) outra, é que, no momento do trote, uma emergência real deixa de ser atendida,
afetando o bom e regular andamento dos serviços emergenciais prestados por esses órgãos, colocando assim, uma vida em risco.
Esses trotes também geram custos altíssimos na parte de combustíveis, mecânica e tempo que não volta mais. Tempo perdido é tempo perdido.
É por isso, que cidades como Salvador, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraíba, firmaram desde 2008, acordos para a instalação de sistemas de comunicação por rádio, configurando uma linha direta com a Polícia Militar, com um custo de cerca de R$ 150 mensais para cada edifício.
Infelizmente nesse país de cabeça para baixo que o de baixo cospe no de cima, as atendentes do 190 ouvem de tudo qe não presta: Palavrões, problemas pessoais, cantadas, pedidos de ambulância, queixas de roubo e desabafos emocionados. Apenas 13% dos 35 000 chamados diários se tornam ocorrências policiais. Outros 21% são trotes. Difícil não?
Gente, trote é coisa séria. Quem está do outro lado da linha, está trabalhando para salvar vidas que poderiam ser da sua mãe na rua, seu pai no trabalho, ou até do seu irmão na faculdadeou colégio, não importa.
Seria muito bom que os "cabeças vazias" tentassem enxergar pelo menos uma vez que os telefones das emergencias não silenciam, e em média, só os da PM recebem 35 000 ligações a cada 24 horas, um volume quatro vezes maior que o do Corpo de Bombeiros, por exemplo. São computados aí tanto as chamadas de pessoas que precisam comunicar crimes quanto trotes ou pedidos de informação. No Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), no Bom Retiro, trabalham mais de 400 homens e mulheres fardados, divididos em turnos. Nos horários de pico (fim de noite e madrugada), mais de 100 funcionários podem estar de plantão, para ainda ouvir abobrinhas e brincadeirinhas de quem não tem o que fazer?
O cabra termina de tomar umas, ou está com o juízo carregado de maconha e cocaina principalmente, daí bate a idéia do capeta passar trotes para as emergências.
É por isso é que esse pessoal que trabalha com emergência, são recrutados por ter paciência, boa dicção e agilidade para digitar, os policiais chegam a atender cerca de 300 ligações em oito horas de trabalho. Assim como os profissionais de telemarketing, eles têm metas a cumprir. Cada chamada deve durar, em média, três minutos. O ideal é que nunca ultrapasse cinco minutos. Assim que uma pessoa liga, seu telefone aparece em um Bina. Se for um aparelho residencial ou público, o endereço também surge na tela. O próximo passo é ouvir a queixa e avaliar sua gravidade. Em casos que envolvem risco de morte, o atendente passa as informações adiante antes mesmo de terminar a chamada.
E falando de São Paulo, é preciso uma dose extra de paciência e diplomacia para explicar aos paulistanos que nem tudo o que ocorre de errado na cidade é caso de polícia. No último fim de semana de 2015 uma criatura acionou a polícia para retirar o seu gatinho da árvore.
Que situação não?
Lembrem-se que gente foi feita para brilhar e não morrer atoa por falta de um socorro por motivo de precedentes de trotes ok?
JOSE JOAQUIM SANTOS SILVA
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