O VIDENTE.

PERDER A REFERÊNCIA.CASTIGO DA CONSCIÊNCIA.

Jung, notável revolucionário das almas, ligadas fortemente à psiquiatria, ao pensamento, afirmava: quem perde a referência de seu Deus se desorganiza. É um padrão referencial indiscutível. Quem está sem referência está sozinho e estar sozinho é estar doente, e estar doente é falta de organização do espírito o que fatalmente se refletirá no corpo.

A doença da alma é a pior das doenças.

Deus é pura bondade. Se falta Deus falta bondade, se falta bondade está presente o mal em suas variadas faces; desamor, ausência de solidariedade, indiferença ao que necessita de atenção, uma infindável procissão adjetivadora que se resume em egoísmo.

A bondade é marco central, por exemplo, da jornada do Filho de Deus feito Homem, Cristo. Quem desvia do ensinamento de Jesus a si castiga, a pena é autoaplicável.Basta observar os que Dele nunca se avizinharam em atos e condutas.Olhem suas vidas de infelicidades.

O castigo nasce da consciência e maltrata o corpo. Há mínima consciência em qualquer um mesmo no pior dos homens. Em certo momento todos sabem o que valem, surge a perda da paz, a mesma que acompanhou Abel, condenado a levar um estigma e viver muitos anos penando. Esqueceu a significação de um irmão. Não haverá paz, nem aparente.

O castigo se apresentará intenso. Dele não se fugirá, mesmo que todos os meios e justificativas para alheamento sejam usados. Somente pelo arrependimento eficaz se retornará à paz.

Lá está implacável nosso Juiz, a consciência.Cristo não criou penas, apontou a consciência, não a absolvição da Igreja, e a única vez que entrou na Igreja se irritou, pela falta de consciência dos que lá estavam.

Templos criaram os homens para um exclusivo fim, FALAR A DEUS, CONVERSAR COM DEUS, pois aí estariam em união todos que professam a bondade ensinada. Portanto, nunca é tardio livrar-se do cativeiro em que se encerra quem de Deus se afasta.

O tribunal de todos, que têm consciência, não os doentes afastados de Deus, como refere Jung, cobra qualquer inação pelo não fazer, o que se deixou de fazer e era impositivo fazer, por conforto, para “não aborrecer”, por comodidade, para não dar trabalho, etc. Sinaliza a distância de Deus. Pagamos o preço após se temos consciência. Pagamos por toda a jornada que ainda se irá viver. Principalmente os que desdenharam daqueles que deveriam ser seus mais caros seres.

Os que perderam a referência de si, por alheamento ao todo, Deus, nada perdem por já estarem perdidos, mas os que têm consciência podem e devem remir, e o primeiro passo é aproximar-se de Deus. Há um Deus de cada um ao menos, eleito em inúmeras volições e formas, e Ele será sempre a referência de bondade, não para aqueles que abandonaram seus próximos. Quando isso acontece se abandonam e são infelizes vitalícios na cadeia do tempo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/03/2017
Reeditado em 02/03/2017
Código do texto: T5928333
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