GERALD E O ELEFANTE

Gerald K. Ames em 1996 ganhou uma viagem para um safári na África do Sul. O menino era fascinado por animais e seu pai achou conveniente que Gerald conhecesse os animais mais espetaculares do mundo.

Nada melhor que as savanas africanas.

No primeiro dia do safári, estava ele em frente a uma manada de elefantes africanos quando nota a poucos metros de distância um filhote que mancava sua pata esquerda não podendo encostá-la no chão. Aproximou-se curioso e percebeu uma enorme farpa de madeira cravada na pata do pobre animalzinho.

Não titubeou. Aproximou-se do filhote, percebeu em seu olhar abatido e tristonho um sofrimento angustiante junto a um silencioso pedido de socorro. Perdendo qualquer noção do perigo , a vontade de socorrer o paquiderme fez com que ele se aproximasse do pequeno animal levantando suavemente sua pata e removendo o pedaço de madeira que tanto mal fazia ao pequeno bebê.

Inesperadamente o filhote começa a bater as patas no chão atraindo o resto da manada. Numa confusão de alegria e medo Gerald percebe que aquela manifestação é a forma que os elefantes usaram para agradecer a salvadora ajuda.

Vinte anos depois , dezembro de 2016 , Bronx Zoo, em Nova York, encontramos Gerald com seu filho Jasper , de 8 anos, distraído, passeando em frente à jaula dos animais.

De súbito , Gerald pára em frente aos elefantes. Fixa seu olhar no que parece ser o líder do bando, o elefante alfa da manada. Um grande elefante africano. Seu olhar é inesquecível. Gerald demonstra sua alegria, a alegria dos reencontros. Chega mais perto da cerca de proteção , pula , caminha alguns metros, sem medo, sobe a grade alta até saltar dentro da jaula. Um clima de ansiedade e alegria envolve o pensamento de Gerald, aproxima-se do grande elefante que, fixando seu olhar no intruso , começa a bater as patas no chão.

Gerald, não conseguiu conter sua alegria, aproxima-se e afaga seu velho amigo. Uma lágrima corre de seu olho.

O paquiderme enlaça delicadamente o braço de Gerald, solta um grito estridente e. . . Levanta Gerald do solo e jogando ao chão esmaga-o com suas patas dianteiras.

Ainda respirando Geraldo olha para Jasper, seu filho, que lhe diz decepcionado:

- Erramos de elefante pai . . . Não era o mesmo.