Saia justa da vovó

Nesta segunda-feira de carnaval, aqui na Jaqueira pnde moro, no Recife, não vi e nem ouvi nada que lembrasse o reinado de Momo. Parece até que estamos no sítio. Juro. Poucos carros e ônibus vi passar. Tudo sossegado. Algo até meio estranho. E s Jaqueira, Aflitos e Graças são partes centrais do Recife e hoje não de ouviu o dom nem de um tambor.

Aprovetei para ler outro livro de Agatha Christie, "Um Passe de Mágica", com a minha detetive favorita, Miss Marple, também resolvi uma revistinha de palavras cruzadas e, claro, dei umas espiadinhas na internet, mas não me veio nenhum assunto mais "quente" para escrever, fiquei chovendo no molhado, o danado do lampejo deve ter tirado golga e foi brincar o carnaval em Olinda.

Só saí de manhã para comprar o pão, as ruas quase desertas. Felizmente encontrei um conhecido que é o cão chupando manga na arte de contar anedotas e causos. Vou tentar recontar a de hoje sobre a saia justa de uma vovó.

Segundo ele, um garoto sapeca e traquino foi brincar com os amiguinhos na área de um prédio vizinho ao dele. De repente voltou para casa esbaforido e perguntou à sua avó:

- Vovó como é que se chama aquilo quando duas pessoas dormem num mesmo quarto uma em cima da outra?

A vovó se assustou com a pergunta, mas sendo muito antenada com a modernidade e defensora intransigente do politicamente correto resolveu dizer a verdade ao netinho:

- Bem, Joãozinho, isso se chama relação sexual.

O garoto saiu satisfeito com a informação, mas meia hora depois voltou encabulado e aperriado e disse à vovó moderns:

- Vovó, aquilo que lhe perguntei não era relação dexual não, era BELICHE. A mãe de Zezinho tá uma fera e quer falar com a senhora.

Ri muito, mas disse a ele que a saia justa da vovó moderna poderia ser pior, se em vez de duas pessoas o garoto tivesse falado três ou quatro, aí a vovó poderia ser ainda mais explícita e imitar Jucá, afirmando que "aquilo" era uma suruba. Inté.