DIFÍCIL SER PRETERIDO...

Desde criança procuramos passar para as pessoas em nossa volta o que éramos e o que gostaríamos de ser, hoje lutamos para expressar quem somos. O fiel da balança do que somos, é o que representamos para os outros, para aqueles que dividi conosco o mesmo espaço.

Não podemos atribuir as pessoas a culpa de compreender que somos, nós é que não fomos capazes de nos fazer entender, por mais que venhamos a imaginar que estamos fazendo o possível e se possível o impossível, para sermos preteridos, com certeza ainda estamos aquém do que deveríamos ser ou fazer, para sermos preteridos, temos que termos a convicção de não fomos suficientes capazes de sermos o que os outros gostariam que fossemos.

Pelos nossos pais sempre fomos ou somos preteridos, (digo isto com a convicção de que fui muito amado pelos meus pais). Mas como filhos deixamos muito a desejar em reconhecer que fomos essencialmente amados por eles. Mesmo assim, é comum vermos filhos ingratos e muitas vezes rebeldes e as vezes revoltados por não entendermos o amor paternal, coisa que só iremos entender quando formos pais. Esse parágrafo é apenas ilustração de como é difícil sermos preteridos.

Mas para o mundo em nossa volta nós somos os únicos responsáveis pela aceitação e por uma convivência saudável. Tudo começa pela nossa capacidade de entender, de interagir com os outros, deixando de lado nossas verdades absolutas, passando a convergir com as verdades do outro, deixando que o nosso achismo, sirva como sugestão para uma contribuição, agindo com bom senso, procurando verdades sem absolutismos, desprezando nosso eu priorizando o nosso.

Mesmo assim agindo ou pensando não viermos a conseguir conquistas expressivas, só nos resta a perseverança em se doar para o outro. Pois o que mais desejamos e sermos compreendido, preterido e amado por todos aqueles que escolhemos para conviver no nosso dia a dia.

DFERRER N27/02/2017