DESAPRENDENDO PARA VIVER ("O difícil não é aprender, mas, sim, desaprender o que foi ensinado errado." — Thiago Aécio De Sousa)

É difícil largar os vícios da profissão, ainda mais quando um outro VICIADO lhe serve de exemplo; ele adora contar seu testemunho. No futuro de minha trajetória nessa terra, não saberei o que fazer: Maldita as circunstâncias que me levam a uma APOSENTADORIA do que gosto de fazer: Lecionar!

Na escola é assim: muitos me condenam pela fila para vistar caderno de aluno. Como vou fingir tão bem que estou avaliando? Com a consciência ativa, TEREI de fazer isto com os olhos fechados. PORQUE O SENTIDO DA VIDA escolar É FECHAR OS OLHOS PARA viver! Porém, por que as coordenadoras também gostam de vistar os caderninhos de plano de aula do professor, ignorando a evolução tecnológica? Visto que o governo paga os dois, é um que faz, outro somente cobra: Nessa meritocracia bipolar, todos ganham. E assim a culpa fica sendo sempre do mais fraco, diz a pa(pelada). Mas é ele que se dá bem no final.

"– O Senhor? – disse incrédulo o prefeito – O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado! Eu pergunto:

– O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever?

– Isso eu posso responder – disse o homem com toda a calma: – Se eu soubesse ler e escrever… ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO (Esse é um fragmento de uma história verídica, e refere-se a um grande industrial chamado… Valentin Tramontina, fundador das Indústrias Tramontina, que hoje tem 10 fábricas, 5.500 empregados, produz 24 milhões de unidades variadas por mês e exporta com marca própria para mais de 120 países – é a única empresa genuinamente brasileira nessa condição. A cidadezinha citada é Carlos Barbosa, e fica no interior do Rio Grande do Sul.)-Haroldo Wittitz: Editor and Publisher.

Valentin Tramontina foi mandado embora do trabalho de porteiro do bordel por não saber ler, e o novo dono requintado trocou os "inadequados". Todo dia me desestabilizam, porém eu não me acho em lugar nenhum. Nada muda ou tudo muda e continuo dando aula para quem não me quer lá. Quem me vende a droga não fuma. Aquelas robustas árvores impedindo minha passagem podem anunciar o fim de minha jornada, ou a de quem me persegue. Alguém vai melhorar, mas não quero me aposenta ainda. Ou, POR QUE NÃO? Na esperança de que as adversidades poderão ser bênçãos! Embora, demore...!

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*Por Claudeci Ferreira de Andrade, pós-graduado em Língua Portuguesa, Licenciado em Letras, Bacharel em Teologia, professor em Senador Canedo.