REINSTITUCIONALIZAR A POLÍCIA

REINSTITUCIONALIZAR A POLÍCIA

“O fim justiça os meios, os fins nunca justificam os meios, mas quem quer os fins, quer os meios”.

Reinstitucionalizar - talvez não fosse a palavra mais correta, pois se trata de um neologismo gramatical, inventado pelos imperfeitos que habitam o orbe terrestre. Mas reinstituição que nada mais é, do que a ação ou efeito de reinstituir ou instituir que deriva do latim instituere, dar começo a; estabelecer, criar, fundar; adestrar, disciplinar; marcar, assinalar; aprazar, atempar; educar, instruir, formar; nomear, declarar por herdeiro. O ilustre Ricardo Machado – Promotor de Justiça, Secretário Geral da PGJ-CE, em 26/03/2007, no jornal o Povo, em artigos, fala da “reinstucionalização” das Polícias. Meu caro, a situação atual por que passa nossa nação, a reinstituição não deve abranger somente as polícias, mas todos os poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. A polícia é um ponto forte para a mídia, pois em primeiro lugar vem a repercussão através do Ibope. Como imperfeitos, jamais poderemos construir nada perfeito. As instituições são menos imperfeitas pelo evolver de quem as dirigem, dependendo, porém de fastos positivos ou negativos que venham ocorrer. A traumaticidade tornou as instituições democraticamente fortes, em fracas, pois a ação nociva do ser hominal pelo egoísmo, pela locupletação deixou-nas sem freios e limites. Vejam as privatizações, as terceirizações, o interesse político e o nepotismo descarado e pernicioso.

Refundar a instituição policial seria hipocrisia, visto não ser esse o caminho ideal, pois incorreríamos no mesmo erro e teríamos que reinstituir o judiciário, pelas mazelas que muitos de seus integrantes têm proporcionado ao nosso Brasil varonil. Se existe erro na polícia, o judiciário não se exclui desses erros e a vontade da população é que tenhamos uma polícia cidadã e uma justiça atuante. Que a distinção ou a classe social, não seja o referencial e todos sejam iguais perante a lei, conforme reza a Carta Magna. Infelizmente, isso não ocorre. Na atualidade, os que ganham pouco e trabalham demais cometem desatinos. O que dizer daqueles que - ganham muito e se inserem na mesma esparrela? Precisamos passar o Brasil a limpo e que determinadas autoridades criem vergonha na cara e assumam suas falcatruas e que a justiça cumpra o seu papel punindo os corruptos e corruptores da nação. A flacidez institucional estimula sim a prática de ilícitos, devemos ter uma conduta feérica e fraternal. Muitos que criticam os organismos policiais são neófitos e estão por fora do contexto policial. Desde que ingressamos na Polícia em 1972, que o efetivo é o mesmo, embora a cidade tenha evoluído bastante. O salário naquela época era de miséria e continua sendo.

Não devemos sufocar o homem, exigir aquilo que ele não pode cumprir. Efetivo reduzido, homens dobrando serviço, família passando fome, estressados, desorientados, sem moradia condigna, os filhos sem escola, necessitados, alimentação sem nutrição, mas mesmo assim somos raça de fortes, povo de brados. Muitos policiais compram seu próprio instrumento de trabalho, não adianta embelezar a casa e deixar seus integrantes sem dinheiro e passando fome. O que dizer dos assalariados do Brasil? Caro promotor o problema é mais acima, mesmo com um reajuste de R$ 3,55% para os barnabés estaduais, os militares e os professores teriam um diferenciado, pois afirmo com certa repugnância governamental, que o nosso reajuste não superou a casa dos R$ 40 reais. Cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Vamos fazer um paralelo entre as policias dos países que compõem o G-8, com a do Brasil, que pela vontade de nosso presidente desejaria participar desse rol. Estimular sim, denegrir jamais. Será que o câncer que domina o Brasil o culpado são os policiais? Parem para pensar e meditar e vejam onde se encontra a ponta do iceberg?

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 04/08/2007
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