Seu amor cabe na latinha de sardinha.
Amiga?
Não querida, infelizmente ainda não foi inventado um mecanismo no ser humano que você retira todos os sentimentos de um coração que ama, deixa de lado e fica somente sendo amiga do seu amor, daquela pessoa que beijou sua boca, fez amor contigo e disse um dia lhe amar.
Quando há algum sentimento é complicado, não pode e nem deve fazer isso com você. Antes que comecem as lagrimas, o sofrimento pegue sua bolsa, seu amor-próprio, sua dignidade e vá embora.
Você não faz mais parte dessa história, realmente você passou, seu tempo acabou e o momento é de reflexão no amor-próprio. Sim mulher, amor-próprio não faz mal e nunca é demais, ele a torna forte, determinada, mesmo amando quem não te ama e dentro do seu amor de amar quem realmente te ama “você”, caminhe lindamente por entre as estradas da vida e busque a paz, tranquilidade de um amor sereno, o seu por você.
Diga austeramente e sem medo que se ama.
Tome um banho que lave a alma, arrume o cabelo e coloque na boca aquele batom vermelho.
Viu, até rimou e sabe por quê? Porque você é bela e lá, no fundo da alma sabe que não precisa sofrer.
Ah, mulher, você é vida que gerou vida, nas batalhas lutou bravamente como Joana D’arc, foi meiga e doce como Cora Coralina, você se superou e renasceu das cinzas, então reflita e veja, você merece ser respeitada, amada e se por este indivíduo é tratada como um nada depois de sua entrega, feche a porta do passado e caminhe.
Vá, coloque seu melhor vestido, seu salto e seu amor-próprio, dê aquele sorriso largo que sabe dar e desfile por entre as estradas da vida, sorria mulher.
Olha no espelho e diga, “você é um ser humano delicioso, seu sorrir fascina, eu te amo”, vá moleca espevitada, menina lua, garota sol, viva intensamente, vai chegar uma hora que do nada alguém vai segurar sua mão e dizer, “posso caminhar com você?”.
Rosa menina, menina rosa, mulher flor, eu estou na torcida por você e seu amor, que vai surgir com calma e entrega, mas agora me deixa brincar de ser feliz, quero correr, andar de bicicleta, sentir o vento na cara e no corpo, eu quero soltar pipa de novo e andar de carrinho de rolimã com meu neto, estudar muito, sim eu voltei para vida, estou no jogo e quero viver com harmonia e alegria.
Agora sobre meu amor por você, guardei em uma latinha, pequenina, pois, notei que era tão pequenino o que você sentia que caberia em uma latinha de sardinha e meu amor-próprio é de um tamanho sem igual, podendo ultrapassar galáxias.
Vamos viver, você feliz como está e eu abrindo minhas trincheiras, meus caminhos, sorrindo e sendo eu, sem medo de ser quem sou e confiante em cumprir minha passagem por aqui e sem medo de ser feliz.
Rosa dos Anjos – fevereiro/2017