FRAQUEZAS
FRAQUEZAS
Houve um tempo, um espaço dinâmico,
Um descompasso entre a vida e a morte,
Um tempo de espera que não é contado.
Antes da verdade única está o auto- conflito,
Momento em que a cabeça briga com o coração,
A cabeça usa a razão, o coração a emoção!
Neste momento há divisão dos órgãos irmãos
Que brigam entre si colocando todo conjunto
Sob o risco da destruição!
A cabeça não quer, o coração pede e quer,
A luta é desigual porque o coração parece prevalecer,
Mas vem a escolha, que não é bem uma escola
Quando prevalece a razão, mas é tudo de bom
Quando prevalece o coração. Só que ao longo do tempo
Se vê que o coração se ilude com certa facilidade,
Mas é o que faz viver momentos de rara felicidade,
Embora seja como a casa que se construiu sobre a areia,
A ilusão cai com a primeira ventania. Vem depressão, remorso,
Desânimo, baixa estima. Perde-se momentaneamente
O sentido da vida, o mesmo que não se sabe bem qual é!
A seguir a incapacidade de reação é a força do tempo
Sobre nossos corpos. Quanto a alma não está nem aí, não
Ajuda em nada a recuperação de forças, sobremaneira
A virilidade. Esta perda parece ser a pior de todas porque
Com ela pratica-se a vulgaridade do amor, o que conta na prática,
Depois passa a ser dor!
Doí como um estilete fincado no íctus, imagino que doa.
Essa briga é a guerra intrínseca que carregamos na nossa
“razão” – Briga que se esconde no inconsciente coletivo!
José Antonio da Silva -João Pessoa, 19 de Janeiro de 2017.