RELATO DE UM FIM DE TARDE.

Ultimamente tenho tirado um pouco do meu precioso tempo para lavar a politica brasileira. Sou um mestre em generalizar, e essa expressão lavar soa como um desabafo. "tenho metido a língua" em alguns políticos graúdos aqui das Minas Gerais.Ora caro leitor , entendo, mas é possível que algum de vós venha me estigmatizar como um bom linguarudo.Até tento conter-me , mas Tenho minhas fraquezas.Mas caros amigos, a vida é um instrumento espetacular de endireitar cidadão torto. Vou explicar, hoje voltando eu do trabalho, lá pelas quinze horas, uma fome de trincar,recebi o corretivo que precisava, e olha de graça, sem gastar um trocado, esta máxima de o que é bom custa caro, não é de todo verdade, que belo exemplo a vida me mostrou.Depois de alguns bons minutos numa fila generosa, chega o balaio. Espere um pouco, vou fugir um segundo do tema, a palavra balaio me lembrou do grande compositor mineiro, Vander Lee ,que Deus o tenha no reino da gloria, e como dizia sua musica, " no balanço do balaio" já ia eu e uma infinidade de servos da modernidade, cada um mais abatido que o outro.Mas vamos lá, acelera , freia , é semáforo, buzinas, pontos lotados para ocuparem espaços inexistentes , e lá pelas tantas num ponto surge um caboclo com um saco de espigas de milho verde, e o bom motorista para favorecer o cidadão abri as portas do meio. O dito cujo entra , bota o saco de milho num canto, volteia e passa pela porta da frente, bom moço, pagou a passagem. Aqui aparece a vida me endireitando. Pela porta do meio entram várias pessoas, são os aproveitadores de oportunidades. Todos caladinhos , "com cara de cachorrinho" que fez suas necessidades na igreja" , um deles me chamou a atenção, falava pelos cotovelos, e sua palavra de ordem eram o absurdo de andar em buzu lotado, mesmo que sem pagar , só pensei. Foi nesse ponto que a vida apontou o dedo, parece que eu a ouvia ela dizendo, xinga ele imbecil! Qual a diferença deste ai com os pobres políticos? Abra os grandes olhos verdes bobão, cabeça não foi feita só para separar as orelhas, lhe dei este complexo instrumento para que pense.Olha leitor , mergulhado neste pensamento, o trajeto encurtou.Desci do buzu outro ser, confesso que daqui em diante vou medir minhas palavras e tentar controlar meus pensamentos.Mas um preciso registrar , cá pra nós, acho que o problema do Brasil não são os políticos , a vida quase me disse que nosso problema é a sociedade.

Até mais, tenho que parar este relato, aqui tem um pernilongo que parece não aceitar essa crônica, está me esquentando os pés.

Divino Ângelo Rola
Enviado por Divino Ângelo Rola em 16/02/2017
Reeditado em 16/02/2017
Código do texto: T5914715
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