Reveillon todo mês
Lendo as notícias do dia, me deparei com duas que chamaram minha atenção. Em teoria elas não têm nada a ver uma com a outra. A primeira anuncia que há mais quatro planetas com características que permitiriam a existência de vida semelhante à nossa. Logo depois, li que um garoto de 8 anos morreu após ser espancado pelo pai. Ele não queria cortar o cabelo para ir à escola. Inicialmente não entendi por que minha mente juntou os dois fatos, mas depois ficou claro. Nesse recém-descoberto corpo celeste poderíamos iniciar uma nova civilização. Cuidadosamente selecionaríamos os genes da nova raça. Faríamos tudo de tal forma que, nem em um bilhão de anos, tal forma de pai pudesse evoluir. Eliminaríamos da cadeia evolutiva tal possibilidade. E, claro, todos esses tipos de monstros não seriam sequer geneticamente possíveis.
É apenas um sonho, acho que teremos de conviver com essa subespécie ou tentar , em milhares de anos, consertar por aqui mesmo, o inconsertável. Além do mais, um desses planetas tem mais uma interessante característica. Ele dá uma volta ao redor de seu sol – a estrela Gliese 682 – a cada dezessete dias dos nossos.
Poderíamos, então, a cada pouco, comemorar um novo ano, quase dois “reveillons” por mês. Seria bom, pois então teríamos muito mesmo o que comemorar.