AS AMIZADES QUE SE "PERDERAM" AO LONGO DO TEMPO... 9h00min.

Os dias chuvosos quase sempre nos induzem a nostalgia, como no caso de ontem, domingo em nossa cidade. Não podemos ficar o tempo todo no computador, pois não somos de “ferro”, às vezes é preciso dar uma trégua, pois a visão de quem já passou dos 70 está mais limitada e “cansada”.

Fomos até o armário do nosso quarto, dar uma arrumada, e nos deparamos com algumas cartas – que sobraram milagrosamente - de uma pessoa que durante algum tempo fizeram parte de nosso circulo de amizade, mas na seqüência dos anos se perderam...

Vamos nos ater a duas cartas, dos longínquos anos de 1958. Moramos um ano em Florianópolis, pois nosso saudoso tio era militar e fora para lá transferido, estava ele no lugar de nosso “pai”, tínhamos na época 15 anos, fizemos várias amizades, ao participarmos das atividades ligadas ao setor da mocidade espírita daquela cidade.

Muitas amizades forma angariadas. Morávamos no bairro do Estreito, - “continente”, pois a capital se localiza numa ilha - proximidade do local que morávamos, passamos a freqüentar um Centro Espírita denominado Paulo Tarso, casa de madeira modesta, cujo pequeno auditório, nas noites de atividade estava sempre lotado. Foi quando o conhecemos, embora pessoa sem grandes estudos, fazia suas palestras como emotividade e sabedoria...

Mas tarde ficamos conhecendo sua profissão, era um humilde sapateiro, numa pequena sala sempre abarrotada de serviço. Quando havia tempo e oportunidade, dávamos uma passadinha lá, para conversar um pouco, muito embora houvesse a diferença de idade, - me parece que ele já havia passado dos 60 - os ideais quanto as Leis da Espiritualidade, as diferenças de idade não são impedimentos.

Quanto retornamos a Curitiba, - nosso tio novamente fora transferido – algumas pessoas durante algum tempo nos enviaram algumas carta, este período não durou muito; finalmente as notícias foram “apagadas” pela marca do tempo...

Esta pessoa que estamos nos referindo, com certeza não está mais “aqui”; bem como a jovem que na época tinha 18 anos, e fora morar na cidade de Santos; certa ocasião, de férias veio passar uns dias em nossa cidade, na época, já tínhamos nos casado, após isto mais algumas cartas chegaram, com o tempo foram se “escasseando”; e tempo implacável acabou “apagando” da vivência do nosso cotidiano...

Certamente nestes momentos de nostalgia, há uma pergunta de quem é a “culpa”? Com certeza não há “culpados”, é a vida em si que vai tomando novos rumos com maiores preocupações...

Lembranças que afluem com “vigor”, nos dias chuvosos, que nos conduzem a nostalgia; mas a vida prossegue com a realidade presente, que precisamos superar... 9h46min. Curitiba 13 de fevereiro de 2017 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 13/02/2017
Reeditado em 13/02/2017
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