Um homem disfarçado

De tempos em tempos, Margarida faz seu passeio matinal, segue para Araújo Pinho para colocar em ordem pendências. Como sempre anda pela calçada, encontra com um homem alto escuro com roupas de tons: branco e preto sentado na calçada com um giz na mão desenhado na calçada.

Entretanto aquele homem estingava a mulher, ela circulando seu desenho que olhando rapidamente parecia, um macaquinho que às crianças, em seu tempo gostavam de brincar. Mas..., não era um macaquinho, não tinha o céu. Depois de cinco minutos, ele levantou a mão, pediu uns reais.

Os olhos de Margarida quase pulavam, então o senhor quer dinheiro para quê?

Não senhora, não posso falar.

Margarida inconformada..., ah, vou te dar dinheiro, não possa saber como o senhor vai usar...., dinheiro não cai do céu, o meu é do meu suor, fica com seu céu seu mendigo.

Não sou mendigo, sou arquiteto.

Ela, examinou bem o desenho, percebeu que era uma planta de um edifício

Luz, giz, cimento, concreto, esqueceu o que falou para o homem, colocou uns reais em sua mão.

Fatos inexplicáveis perseguem este homem, tem consciência do que faz, ele lê jornais, não é um pedinte qualquer, nesta terra tão rica.

Varenka de Fátima Araújo

Varenka de Fátima
Enviado por Varenka de Fátima em 12/02/2017
Reeditado em 12/02/2017
Código do texto: T5910393
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