Quase desalento

Há certos dias, como cantou Chico na sua canção antológica, que a gente se sente como quem partiu ou morreu. É vero. E eu acho que é até normal.

Mesmo sem ser alguém muito rancoroso, sempre sou mei duro com quem me decepciona. Fico triste e não perdôo. Concordo que sou radical. É algo que não consigo superar. Gosto do cumprimento da palavra empenhada e da fidelidade ás causas que defendemos, de sermos firmes nos nossos ideais. Detesto os traíras.

Por isso de vez em quando curto um quase desalento. Mas nada que possa evoluir para a depressão. Mas a decepção me deixa triste. No entanto como sou um homem de muita fé e que cultiva a esperança - o sonho do homem acordado - sempre dou a volta por cima. Mas não esaueço a safadeza dos traíras e suas vaidades e ambições absurdas.

Sofro com os reveses, principalmente no que tange ás idéia e causas que são traídas. Fico prostrado. E nessas ocasiões recorro ao Cristo e seu sacrifício e recordo o trecho de uma crônica de um escritor pesqueirense, Potiguar Matos: "Uma coisa aprendemos no mínimo, com o Cristo: é do calvário que nascem as certezas. Quando tudo parece perdido, o sangue de Deus vilipendiado escorre no chão refulgindo nas estrelas. Da imensa degradação tudo ressurge num cântico de luz. Cântico solar, iluminando a terra e os corações".

Cristo é a solução. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 09/02/2017
Código do texto: T5907804
Classificação de conteúdo: seguro