Sobre flores, afeto e culpa

No dia em que minha metade urgente acordou triste, passei perto mais uma vez daquela sensação de ser diminuída. E com aquela dúvida se isso realmente é externo ou se é de mim, se sou eu que permito que certas coisas me atinjam.

A metade café quente preferiu retomar as rédeas da sensibilidade e se agarrar às palavras de uma amiga: “não se apegue às ofensas. A falha não está em você, mas em quem ofende”.

O auto controle é um exercício bem complicado quando o que você quer é vomitar todas borboletas do estomago.

Eu sou do afeto. Mas convenhamos que quando se semeia algo novo, o jardim passa por aquela fase feia até florir novamente e novas borboletas se acomodarem.

- Ah metáforas, como eu vos amo -

Algo aqui dentro, não cansa de repetir: se aquiete, moça... continue semeando seus bens de amor. Mas um tantinho ainda faz questão de se culpar. Afinal, com quantas carências ainda somos capazes de dizer um não?

Há ciclos na nossa vida em que ficamos vulneráveis a confundir a energia das pessoas, e a troca que parecia do bem, na verdade envenena. Com fé, hei de alimentar a metade que repete “dorme em paz, meu anjo, não há culpa em ser doce”

- As esperanças do dia acabam-se à meia noite

- Por essa lógica, elas recomeçam à meia noite e um.

- Devo acreditar? - Sempre!

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 09/02/2017
Código do texto: T5907389
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