ATEÍSMO. TEÍSMO.DEÍSMO. INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E INFANTILISMO.

DE TANTO VER OPINIÕES OPINIOSAS, PRETENSIOSAS E INFANTIS, AUSENTES DE LÓGICA POR DESCONHECEREM, POR ÓBVIO, ESSA CIÊNCIA, NORTE DE TUDO, REITERO ESSA CRÔNICA DE MEU LIVRO "ENSAIOS DA ALMA".

SEM PRETENSÃO ALGUMA, CREIO SER POSSÍVEL REPENSAR O QUE PARTE DE UMA RESISTÊNCIA MAIS INFANTIL DO QUE DESRESPEITOSA, CREIO QUE SÓ ASSIM, POR INFANTILIDADE INTELECTUAL, HÁ POSICIONAMENTO DE DOMINAR A VERDADE SOBRE A FICÇÃO PURA E SIMPLES.

Voltaire não se definia em termos de crença. Não era deísta em princípio, crença pela qual Deus está em tudo e em todas as coisas de variadas formas. Alguns o afirmavam um panteísta da escola de Spinoza, outros um ateu. Mas era um “complicado” lógico, valha o paradoxo.

Benjamin Franklin levou um neto para Voltaire abençoar. "Dedique-se a Deus e à liberdade", disse então ao menino.

No leito de morte recusou a extrema unção. "Quem vos mandou aqui, senhor padre?" "O próprio Deus" respondeu o padre. "Pois onde estão as vossas credenciais?", exigiu. Não acreditava que os padres eram mensageiros de Deus aos homens.

Ressentido com a posição tomada mandou chamar outro padre e declarou: "Morro adorando a Deus, amando meus amigos, sem odiar meus inimigos e detestando a superstição.”

É a presença da Lei Moral, ela comanda tudo. A ética indica a conduta a seguir. Morreu lisamente em concordância com seus princípios.

Qual a causa desse debate infindo, de qual religião ou não religião é melhor e mais respeitável? Qual a melhor posição de existir ou não entidades além dessa vida?

E isso leva ao quê?

Ao quê de melhor será conduzido o homem com ou sem crença se não respeita a Lei Moral?

Muitos cérebros privilegiados se debateram ou se perderam em discussões acadêmicas sobre o nada. Só o morto saberá como é o “lado de lá”. O lado de cá deve ser vivido com correção, independente de crenças ou religiosidades. Se quiserem tenham os homens suas crenças, seja qual for, é liberdade de convicção, o tolo é discutir sobre essa “verdade”. Não há verdade sobre o que a inteligência não conhece. Isso não inibe a fé em algo ou alguma coisa, muito menos em ver historicamente a unicidade invulgar do Cristo histórico, o Filho de Deus incontestado com racionalidade.

Qual é a verdade? O homem é um néscio por natureza, pretensioso. Guarde suas “verdades” para si, respeite a dos outros desde que não conflitem com direitos definidos nas leis.

Entregaram a mim na rua certa vez um papel, quando vi o nome de Cristo, li rapidamente as primeiras linhas onde dizia que “Cristo nos entregou uma promissória.” Como o cidadão seguia em minha frente disse a ele, não ponha uma promissória nas mãos de Cristo. Ele quis dizer alguma coisa, mas segui em frente.

Uma cambial, se ele sabia o que é isto, certamente não sabia, nas mãos de Cristo. Imaginem colocar na mão de quem só doou uma cambial, circulante, virar credor, mero cobrador o Cristo. Credor para retornar prosperidades materiais que nunca prometeu.

Inúmeras crenças sob o pálio das leis, já que há autoridade competente para autorizar seus exercícios, cometem condutas contrárias a direitos tutelados definidos na lei como tipos penais sujeitos à sanção. E nada acontece e se acontece é muito pouco.

A Igreja secular, também, arrasta consigo pedofilia, negra face da humanidade. Na idade média a Igreja já era fortemente combatida pelos hábitos da sodomia.

A crise que assola a Igreja é crise corriqueira na instituição como é na história dela e da própria humanidade, poder, finanças, política. Uma instituição humana, feita pelos homens. Estão aí os cismas e os concílios harmonizadores.

O que é importante é voltar-se o homem na sua caminhada para ficar sob o abrigo da Lei Moral em maior amplitude, para tanto qualquer posição é desejável, com crença, teísmo, deísmo, ou sem crença, ateísmo.

O que penso ser infantil e desnecessário, sustentado na lógica, digamos que seja um “jardim de infância” de folguedos, é discutir e motivar enfrentamentos na busca do “sexo dos anjos”. Quem diz conhecer transcendências de forma cabal, definitiva, é infantil.

Nem a filosofia que se define pelo inexatamente conhecido ou hipoteticamente desconhecido tentou essa empreitada difícil, discute-se somente a “ideia” de Deus no clássico padrão disposto pelo kantismo, egresso da genialidade de um dos maiores filósofos da humanidade que mudou a razão criticando-a.

Vivendo sem falsidades do “lado de cá” podemos ter paz na eternidade a qual pertencemos desde já.

Não faz mal pensar sem muito comprometimento com a realidade lógica.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/02/2017
Reeditado em 08/02/2017
Código do texto: T5906572
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