Relatos Históricos de Panthea
Relatos Históricos de Panthea
Panthea é uma terra, que por toda sua história, sempre esteve manchada de sangue, devido aos conflitos que ocorriam ao passar dos anos. A princípio, ela era dominada por dezenas de tribos que subdividiam a ilha em pequenos territórios. Cada tribo tinha sua própria cultura, crenças e costumes. Geralmente divergiam umas das outras e isso, somado com a necessidade de aumentar seus territórios por causa do crescimento populacional, fomentava o combate entre elas.
Com o passar dos anos algumas tribos se aliavam a outras que tivessem alguma compatibilidade de características. E isso, posteriormente, se transformou em união. Então os conflitos cessaram por algum tempo, essa foi a época em que as tribos recém unidas tentavam se adaptar às mudanças, com o benefício de aumento de territórios por consequência dessas novas uniões.
Não demorou muito e essas tribos maiores voltaram a lutar umas contra as outras, mas agora não buscavam apenas territórios, buscavam também o poder sobre as outras. Havia-se, então, se estabelecido o conceito de domínio.
As batalhas prosseguiram por anos a fio, algumas tribos eram dominadas e aniquiladas e/ou escravizadas. Enquanto outras se aliavam para resistir aos inimigos em comum. No fim restaram apenas três, que já haviam evoluído ao ponto de se tornarem principados.
Carnaum era o menor dos principados e dominava a região noroeste de Panthea. Tinha posse das montanhas e de parte do rio Solitário que seguia pelo norte. Era governado por Emétrio Durcan III. Irélia era o principado que dominava quase todo o sul de Panthea, sua terras eram delimitadas pelas montanhas ao oeste e pela parte do rio Solitário que seguia pelo sul. Era governado Elian Onório Amastor. Por último havia Yanshur, o maior dos principados, dominava todo o leste de Panthea, sendo limitado pelo rio Solitário. Era governado por Lucidus Omdoria II.
Os conflitos entre os principados se intensificaram após o assassinato do único filho de Omdoria II. Os espiões acusados do crime não falaram por quem haviam sido enviados e então foram executados. Isso gerou um ódio crescente no coração de Omdoria II, que decidiu por iniciar a maior investida armada que as terras de Panthea já haviam visto.
A empreitada de Yanshur contra os outros principados durou muitos anos. Omdoria II já estava velho quando descobriu que os assassinos de seu filho não haviam sido enviados por nenhum dos principados inimigos.
Os três líderes estavam cansados da guerra e as mortes já eram incontáveis. Foi só então que os três principados, debilitados pela guerra, assinaram um acordo de paz, unindo-se e criando o primeiro reinado de Panthea. Logo, os três líderes elegeram um rei que os obedecesse e fosse um bom administrador, sendo Ormano Ocelot I o escolhido. Ele havia auxiliado no tratado de paz entre os principados.
Dessa forma o anos foram passando e Ocelot I se mostrou um bom rei, que cumpria com as ordens dos antigos líderes e atendia as necessidades do povo. Entretanto, Ocelot I começou a suspeitar de que seria traído pelos antigos líderes, então tratou de enviar assassinos que simulassem mortes “naturais”. Foi nessa mesma época que surgiu em Panthea uma nova religião pagã.
Após a morte dos antigos líderes, Ocelot I trouxe alguns Sacerdotes da nova religião pagã para perto de si, os quais se mostraram extremamente sábios nos assuntos da administração do reino. Porém, poucos anos após isso, Ocelot I morreu devido a uma doença que o consumiu muito rápido. Mas antes de morrer deixou as rédeas de Panthea nas mãos dos Sacerdotes. Assim teve início o reinado da Igreja dos Quatro Cantos.
Rapidamente esses Sacerdotes criaram o Conselho Eclesiástico, composto por quinze outros Sacerdotes que definiam quais seriam os três Altos Sacerdotes que administrariam Panthea, assim como também aconselhavam a estes em várias situações. Em seguida também foi criada a Escola Doutrinadora, que era responsável por acolher crianças órfãs e /ou abandonadas a fim de convertê-las em Sacerdotes. E por último criaram o Exército dos Quatro Cantos, que era a união de todas as forças armadas de Panthea em uma única instituição.
Anos depois surgiu a Resistência, um agrupamento de pessoas que objetivava derrubar a I4C do poder e dividir o poder de Panthea em estados liderados por governantes. Por alguns anos houve conflito armado entre o E4C e a Resistência, deixando muitos mortos, entre eles civis. Por fim, após muitas investidas, a Resistência conseguiu derrubar a I4C do poder e desestabilizar o E4C. Em seguida Panthea foi subdividida em cinco províncias que tinham sua independência, mas ao mesmo tempo cooperavam entre si. E seguiu-se assim por bastante tempo.